Lançado na última terça-feira, o novo livro de George R.R. Martin – “Fogo e Sangue”, publicado no Brasil pela Suma de Letras – já pode ser considerado um best-seller, com mais de 500 mil cópias vendidas só nos Estados Unidos até agora, apesar de ter sido classificado pela imprensa especializada como “terrível”, apenas para citar um dos adjetivos mais amenos usados pelo “The Times” de Londres para descrever a obra assinada pelo criador de “Game of Thrones”.
Crítico literário do jornal inglês, Hugo Rifkind foi ainda mais longe e disse que o último trabalho de Martin é, essencialmente, “uma longa sinopse de cerca de 50 livros que nunca serão escritos, e que só foi publicado porque ele não consegue escrever os outros dois livros de ‘GoT’ que seus fãs estão esperando há anos”. E pode-se dizer que, na comparação com os colegas, o jornalista foi até gentil…
Em “Fogo e Sangue”, o primeiro volume de uma série pelo qual o americano embolsou um adiantamento de estimados US$ 8 milhões (R$ 30,5 milhões), a história abordada é a da dinastia Targaryen, apresentada na série hit da “HBO” como a dos invasores vindos da fictícia Valíria, e cuja conquista do império dos Sete Reinos de Westeros se deu graças às chamas lançadas pelos dragões que eles cavalgavam.
Martin, é claro, não está nem aí para as resenhas negativas, não somente por causa do público cativo que tem e que paga o que for preciso para continuar lendo suas histórias mas sobretudo em razão do tempo quase integral que vem dedicando a “The Winds of Winter” e “A Dream of Spring”, os dois livros mencionados por Rifkind inicialmente prometidos para este ano e que tiveram as datas de lançamento adiadas por prazo indeterminado em abril. (Por Anderson Antunes)
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