Elza Soares lança nesta sexta-feira “Planeta Fome” seu novo CD e, além do repertório sempre pautado pelo bom gosto musical e parcerias com grandes compositores, o trabalho tem mais um destaque: arte visual assinada por Laerte. Ao Glamurama, a cartunista falou sobre a ideia do desenho: “Primeiro dei uma ouvida nas canções e achei que era o caso de evocar as turbulências da nossa realidade combinadas com os movimentos siderais. Minha intenção era produzir uma sensação de caos”. Para ela, Elza é a própria música, é a própria arte brasileira. “Não sou profunda conhecedora de nada, mas convivo com a força da voz e da presença dela desde os anos 1960. Uma pessoa decisiva na nossa cultura”, diz Laerte.
Em “Planeta Fome”, a intenção de Elza é trazer várias histórias dentro de sua própria história com canções autorais e de parceiros. A música “Menino”, por exemplo, é de autoria da intérprete e relata uma de suas vivências: “Compus essa música anos atrás quando via a garotada brigando. Percebia que daquele jeito não daria certo, que precisavam respeitar o outro desde cedo para serem adultos”, disse.
A obra ainda traz: “Brasis” (Seu Jorge/Gabriel Moura/Jovi Joviniano) é uma das releituras de “Planeta Fome”, assim como “Comportamento Geral” (Gonzaguinha), “Pequena Memória para um Tempo sem Memória” (Gonzaguinha) e “Não Recomendado” (Caio Prado). Entre as inéditas, há canções de Pedro Luis, Rafael Mike, Pedro Loureiro/Luciano Mello, Russo Passapusso, Chapinha da Vela/Carlinhos Palhano, Paulo Miklos e Sérgio Britto. Que belo encontro! (Por Fernanda Grilo)
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