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Juliana Paes acaba de voltar de férias em família no Caribe. “Fui para Curaçao. Não conhecia ainda, adorei. É um encanto de lugar, com praias que você acha que não existem. A gente pensa que é de mentira aquele azul. E é de verdade. Foi muito bom esse tempo para passar com meus filhos, devotar 100% da atenção para eles. Em casa, por mais que esteja de férias, é tanto whatsapp, email. Você está presente, mas não realmente presente. E lá não tinha sinal de wifi. O do telefone só pegava em um determinado ponto do complexo onde eu estava. Foi providencial. Fui obrigada a ficar sem celular.”

Paparazzi free 

Mas teve assédio por lá? “Pouquíssimo. Tinha alguns brasileiros, mas todos perceberam que eu estava em um momento de muita intimidade e respeitaram. Não fui abordada. Foi muito relaxante. Essa parte de escolher o biquíni que quiser e não se preocupar com paparazzi é boa. Sempre tive relação tranquila com eles. Não adoro, mas entendo que isso exista, que a roda vida do show biz demande esse tipo de interesse, mas confesso que é muito gostoso poder se abaixar e levantar na praia sem ficar preocupada, sem pensar no ângulo que o paparazzo pode estar te fotografando. O que complica às vezes é isso: não ter liberdade de se movimentar.”

Olhar ousado

De volta ao Rio, a atriz teve nessa quinta-feira a primeira reunião com Luiz Fernando Carvalho no Projac sobre sua personagem na minissérie “Dois Irmãos”. “Ainda não consigo explicar os detalhes do papel. Estou sabendo de tudo agora. Falo para o Luiz: ‘Estou muito curiosa, vou matar você’.” Juliana acabou de fazer uma novela com o mesmo diretor [“Meu Pedacinho de Chão”]. Por que repetir a parceria tão rápido? “Talvez essa seja uma pergunta pra ele. Qualquer coisa que eu fale pode parecer pretensioso. Da minha parte, me dediquei completamente a todas as propostas que ele nos proporcionou na preparação para a novela. Tive muita entrega em todo processo criativo. Ele, por outro lado, também é um diretor que nos deixou criar bastante e fiquei muito à vontade. Adoro criar em cena, levar coisas. Gosto, sim, de ser dirigida, mas é muito bom também quando você pode colocar um pouco do que traz de casa e essas propostas serem aceitas pelo diretor, colocadas em prática e o resultado ficar maior do que o que a gente tinha imaginado. São duas pessoas criando juntas. Acho que ele viu em mim muitas possibilidades. Mais do que outros diretores talvez tivessem visto até aqui. Que bom que o Luiz me deu essa chance, e que teve um olhar muito mais ousado para o que eu posso fazer, entregar para um personagem.”

Se oferecer, se for o caso

Comentamos que é visível a preocupação de Juliana em sair da zona de conforto na carreira. “Acho que sim. A gente reclama muito da falta de rotatividade dos atores. O ator que faz esse gênero só faz esse gênero. Então eu acho que já que existe essa dificuldade em arriscar por parte dos produtores de elenco, dos diretores, então cabe ao ator pleitear, correr atrás. Se oferecer, se for o caso. Se sinto que um personagem diferente está ali, dando sopa, eu peço, falo ‘quero fazer’. Não tenho nenhuma vaidade em relação a isso. Eu gosto de realmente variar. Acho que nunca fiz um seguido do outro que não fosse bem diferente da proposta anterior. Com o filme ‘A Despedida’ foi a mesma coisa e rendeu louros maravilhosos. Acho que tenho sido bem sucedida na escolha dos personagens.”  (Por Michelle Licory)

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