A Covid-19 é o assunto do momento e preocupação mundial. O vírus já matou mais de 230 mil pessoas em todo o planeta e o Brasil se tornou o 9º país com mais vítimas. Pensando nesse momento delicado, Joyce Pascowitch entrevistou em sua live desta quinta-feira um dos maiores infectologistas do Brasil, Dr. Esper Kallás, que tirou dúvidas e falou sobre pesquisas relacionadas à doença.
No início da conversa, Kallás foi questionado sobre a falta de investimento na ciência, e a resposta foi direta: “O que a epidemia está mostrando é que quem investe mais rápido e ativamente em pesquisas, se dá melhor. Se você olhar para o que aconteceu na China, comparado com outros países, o que aconteceu lá durou menos, foi mais curto. Mas isso porque eles identificaram o vírus rapidamente, isolaram e fecharam o país”.
Além disso, o médico fez uma comparação entre o coronavírus com outras doenças que enfrentamos no Brasil para mostrar como a ciência é imprescindível. “Quando o Brasil começou a enfrentar a Zika, os casos começaram em fevereiro, foi descoberto em março e o Ministério da Saúde admitiu em abril. O vírus foi identificado rapidamente pelos pesquisadores brasileiros. Como descobrimos que a doença causava microcefalia? Uma pesquisadora chamada Patrícia Brasil estava acompanhando um grupo de grávidas que estava com dengue e decidiu fazer o mesmo quando a zika surgiu. Então, quando você investe em Ciência, não é apenas naquela pesquisa especificamente, você investe no futuro. Você cria uma infraestrutura”, explicou.
Ainda sobre a Covid-19, Dr. Kallás comenta que, no momento, nossa única ferramenta para combater o vírus e diminuir a curva é o isolamento social, que caiu de 70% para 48% em São Paulo nos últimos dias: “Precisamos aguentar mais um pouco a diminuição de mobilidade. No momento não temos outra alternativa. A segunda coisa que o Brasil deve fazer é testar mais pessoas, isolando o vírus mais rápido. Além de torcer para a chegada de um remédio que nos ajude no tratamento”.
Mas nem tudo são más notícias. Segundo o infectologista, o mundo encontrará um remédio eficaz e até mesmo uma vacina, mas, até lá, algumas medidas precisam ser tomadas: “Vamos ter que nos habituar a andar de máscara, não dar beijinho no rosto, nem abraço. Sei que isso é difícil para o brasileiro, mas temos que nos habituar. Isso será revisto apenas se tivermos outra ferramenta de combate, como a descoberta de um remédio eficaz. É bom dizer que vamos ter essa opção em algum momento, só não sei dizer exatamente quando”.
De acordo com Dr.Kallás, as vacinas estão em fase de testes e previstas para chegar ao Brasil no início de 2021. “Por mais que demore um pouco, é importante termos isso em mãos para não passarmos por outra onda da doença”. Para conferir todo o papo, é só assistir ao vídeo completo disponível no IGTV. Assunto mais que necessário!
https://www.instagram.com/tv/B_nfrX1nCX0/?hl=pt-br
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