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Japão cria Ministério da Solidão / Crédito: Pixabay

O Japão acaba de nomear Tetsushi Sakamoto como ‘Ministro Da Solidão’. O ministério foi criado recentemente para enfrentar a chamada “solidão epidêmica” que vem afetando os países desenvolvidos desde o início da pandemia. Isso porque o governo japonês tem precisado lidar com um dado nada bom: pela primeira vez em 11 anos, as taxas de suicídio estão aumentando no país.

De acordo com os números da Agência Nacional de Polícia do Japão, cerca de 21 mil pessoas tiraram suas próprias vidas em 2020 no país. A alta, que atinge mais mulheres e jovens abaixo de 18 anos, tem relação direta com o isolamento social, devido à pandemia da Covid-19. “As mulheres estão sofrendo mais no isolamento do que os homens e o número de suicídios tende a crescer”, disse o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga durante a apresentação oficial do novo ministro. “Espero realizar atividades para prevenir a solidão social e preservar os laços entre as pessoas”, acrescentou Sakamoto. Ainda de acordo com estudos realizados por lá, 15% da população do país diz não ter nenhuma relação social fora de sua família.

Mas esse não é o primeiro país a ter um ‘Ministério da Solidão’. Em 2018, o Reino Unido enfrentou uma onda de “crise de solidão” entre os habitantes. Na pesquisa elaborada pela Comissão Jo Cox na época, cerca de 9 milhões de pessoas afirmaram que se sentiam sozinhas nas terras da Rainha Elizabeth II. Um cenário que atingia especialmente os idosos. Uma em cada três pessoas na faixa dos 75 anos afirmava que seus sentimentos de solidão estavam fora de controle. E oito em cada 10 cuidadores de idosos se sentiam isolados do convívio social. Por causa da crescente preocupação em torno do tema – que continua por lá -, a primeira-ministra britânica, Theresa May, decidiu nomear uma ministra da solidão: Tracey Crouch, que já era conhecida da pasta de Esportes e da Sociedade Civil. Pelo jeito, o mundo moderno se tornou também mais solitário.

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