Criador do código original da internet (WWW), o físico britânico Tim Berners-Lee decidiu vendê-lo de acordo com a nova moda no comércio virtual: por meio de um NFT (Non-fungible token), ou um token não fungível e criptografado que representa algo único e geralmente não material, como imagens, memes famosos e vídeos que bombaram nas redes sociais.
Inventor da World Wide Web em 1989, Berners-Lee pretende fechar o negócio através de uma venda no martelo que será organizada pela Sotheby’s – e, sim, a casa de leilões britânica já tem um departamento exclusivo para transações de NFTs. O lance inicial? Meros US$ 1 mil (R$ 5 mil), com ofertas entre os dias 23 e 30 desse mês.
No caso do arquivo que está sendo passado pra frente por Berners-Lee, ele traz as 9.555 linhas de códigos incluindo aí as três linguagens e protocolos criados há 32 anos pelo expert em informática, que no caso são HTML (Hypertext Markup Language), HTTP (Hypertext Transfer Protocol) e URIs (Uniform Resource Identifiers).
Apesar de “pai” daquele que hoje é o meio de comunicação número um das pessoas, Berners-Lee também é um crítico da internet como ela se tornou, e em especial daqueles que a usam com interesses escusos. Em março, aliás, ele criou polêmica ao sugerir que os dias de glória de gigantes como o Facebook e a Amazon estão contados. (Por Anderson Antunes)