Maria Homem é psicanalista lacaniana e virou uma espécie de musa dos papos cabeça na internet. Ela é pesquisadora do Núcleo Diversitas FFLCH/USP e professora de psicologia da comunicação na FAAP. Tem pós-graduação em Psicanálise e Estética pela Universidade de Paris, e é autora de livros como ‘Coisa de Menina?’, ‘No Limiar do Silêncio e da Letra’, entre outros. Nesta quarta-feira, dá início ao curso online e interativo “Freud: Entre Pulsão e Inconsciente”. No papo com Joyce Pascowitch, Maria Homem falou de psicanálise, Freud, comportamento na pandemia, inquietações da alma humana e mais.
“Todo mundo começou a se perguntar o que é saúde mental. Não é mais uma coisa estranha. Se entendeu que existe uma coisa chamada mente, isso é saúde pública, algo para todo mundo pensar, e pensar junto”, começou Maria Homem sobre o momento em que vivemos. E emendou com o que pensa sobre as pessoas que furam a quarentena, e promovem aglomerações para satisfazer o prazer próprio e usar como válvula de escape: “Quando você fala: ‘Tenho 20 anos e quero viver minha vida, eu vou para a balada, vou para a festa clandestina. Me dá um aplicativo para eu escapar e que me diga onde está a interdição do meu gozo’. Na segunda parte da história, o vírus entrou dentro de casa, o primo pega, mãe, pai, avós. Morreram 5. Qual o custo disso? É uma vida que está destruída.”
Nesses tempos de pandemia, é possível ter prazer, visto que tantas pessoas estão sofrendo? Ela explica: “Assim como falamos sobre relações mais próximas do igual e do diferente, também diria que não podemos pautar o prazer e desprazer pelo espelho que é o outro. A diversidade é isso, sem tirar o cuidado, o elo, o laço social, mas estamos em uma matriz de ‘feito à imagem e semelhança’. Temos o direito de inventar, cada um é único e existimos ao mesmo tempo.” Confira o papo na íntegra:
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