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Violonista gaúcho volta ao Brasil para lançamento do novo álbum, que reúne 14 faixas com ênfase na música ibero-americana

Foto Rodrigo Lopes

Yamandu Costa não para. Radicado em Lisboa desde 2019, o violonista gaúcho faz um giro incansável pelo mundo na turnê de lançamento do seu novo álbum, “Ida e Volta”. O título é bastante sugestivo: remete tanto ao ritmo de vida do músico – que em sua atribulada rotina de shows faz questão de retornar às origens – quanto às referências sonoras que fazem parte do novo trabalho. Este mês, Yamandu volta ao Brasil para uma curta temporada de shows, acompanhado do seu violão de sete cordas.

O novo álbum tem como foco a música ibero-americana, com ênfase nos chamados cantes de ida y vuelta. A nomenclatura abarca um aporte de cantos clássicos espanhóis que chegaram à América Latina durante o processo de colonização e voltaram transformados para a Espanha. Entre eles, o flamenco e as guarânias. Seu compasso, acentuação e harmonia são herança das Guajiras Cubanas e das Rumbas Ciganas.

Essa confluência de ritmos e gêneros musicais tem forte vínculo com a obra de Yamandu. Segundo ele, a música ibero-americana está sempre indo e vindo, num movimento incessante que atinge os países da América Latina. As canções falam de diferentes regiões do continente, mas influenciadas pelos cantes de ida y vuelta, pois bebem das mesmas fontes. Não por acaso, o repertório do show traz composições inéditas e músicas latino-americanas que fazem referência a essa cultura do “vai e vem”.

Composto por 14 faixas autorais, “Ida e Volta” ainda não está integralmente disponível nas plataformas digitais. A cada mês, um novo single é lançado. O próximo é “Missionerita”, que sai no dia 26. Mas aqueles que comparecerem às apresentações ao vivo terão o privilégio de conhecer as composições da obra antes do público geral. Nos shows, será possível adquirir antecipadamente a versão física do disco — uma prática que o artista faz questão de manter.

Somente em 2023, Yamandu lançou três álbuns e percorreu cerca de 20 países em sua agenda de shows. No mês passado, chegou ao mercado o disco “Helping hands”, gravado em parceria com a violonista Elodie Bouny, sua ex-mulher. Eles adaptaram peças clássicas e composições latino-americanas tradicionalmente tocadas em um só violão. O repertório inclui “La Amapola”, “Seguidillas del Diablo” (de Joaquin Rodrigo, o compositor do “Concerto de Aranjuez”) e “Sonata K386 para cravo”, do italiano Domenico Scarlatti. Um ponto alto do disco é “Remembrance of Rio”, composição de Yamandu que nunca havia sido gravada, e que fala muito sobre o começo de sua vida em casal, com Elodie, no Rio de Janeiro.

Foto Rodrigo Lopes

A temporada de shows no Brasil será de curta duração: dia 25 no Sesc Araraquara (SP), dia 26 no Sesc Birigui e dias 27 e 28 no Sesc 24 de Maio, em São Paulo. Na sequência, ele parte para Florianópolis, Curitiba e Londrina. Férias, nem pensar. Yamandu teve uma rápida passagem pelo país em janeiro, quando fez shows em Porto Alegre e São Paulo. Depois, esteve em países como China, Rússia, Turquia, Espanha e França. A volta ao Brasil tem um significado especial.

“É muito bom tocar em casa. Será um grande reencontro com o público. Vou apresentar canções novas, buscando aproximar as pessoas do meu universo sonoro. Cada música tem uma razão de ser, por isso vou explicar um pouco a concepção do álbum e as origens dessa nova safra de composições. Tudo de maneira bem informal”, explica Yamandu.

 

Single do novo álbum

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