Uma entrevista com David Lynch publicada pelo jornal inglês “The Guardian” no último domingo acabou criando uma das maiores polêmicas da semana nos Estados Unidos. Também pudera, já que o diretor de Hollywood e ícone da contracultura declarou no bate papo, entre outras coisas, que “Donald Trump tem grandes chances de entrar para a história como um dos maiores presidentes que os Estados Unidos já tiveram”.
Na segunda-feira, o republicano chegou a postar no Twitter o link de uma matéria do site ultraconservador “Breibart News” abordando o elogio feito por Lynch, que no dia seguinte precisou se explicar no Facebook. “Acho que minha declaração foi tirada um pouquinho do contexto”, o responsável por clássicos da telona como “Cidade dos Sonhos” postou no site de relacionamentos em carta aberta a Trump.
“Infelizmente, se você continuar do mesmo jeito, não será lembrado como um grande presidente. Isso seria muito triste, na minha opinião, para você e para o país. Você está causando sofrimento e divisão”, completou. “Mas não é tarde para mudar os rumos desse barco. Aponte o leme na direção de um futuro melhor para todos. Você pode unir o país, e sob uma grande e amável liderança ninguém perde”.
Lynch, que apoiou o democrata e socialista declarado Bernie Sanders na corrida pela Casa Branca de 2016, disse antes da eleição que cogitava votar em um candidato “libertário”, que muitos entenderam se tratar de Trump. O cineasta sempre evitou falar sobre política em público, e se limita a promover os bens da meditação por meio de sua fundação, a David Lynch Foundation for Consciousness-Based Education and World Peace. (Por Anderson Antunes)
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