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Omar Sharif Jr. e Ian Reisner || Créditos: Divulgação
Omar Sharif Jr. e Ian Reisner || Créditos: Divulgação
Omar Sharif Jr. e Ian Reisner || Créditos: Divulgação

O hotelier norte-americano Ian Reisner, assumidamente gay, se tornou persona non grata na comunidade LGBT dos Estados Unidos desde o mês passado, quando organizou um jantar em prol da candidatura à presidência do país em 2016 do ultraconservador senador Ted Cruz, do Partido Republicano. Reisner, que é dono do hotel The Out NYC, localizado na West 42nd Street, em Nova York, e de diversas casas noturnas e restaurantes em Fire Island, uma ilha na costa sul de Long Island, no estado de Nova York, tem enfrentado boicotes organizados aos seus estabelecimentos desde que apoiou o político, que é notoriamente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Para tentar salvar sua imagem junto aos gays, Reisner contratou o publicista Omar Sharif Jr., neto do famoso ator e astro do filme “Doutor Jivago”, que também é gay assumido e em 2013 fugiu do Egito em meio a Primavera Árabe, quando recebeu ameaças de grupos islâmicos radicais por conta de sua condição sexual. Uma espécie de garoto-propaganda da ONG GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), Shari Jr. é bem visto pelas lideranças gays do hemisfério Norte e é a esperança de Reisner para recuperar a clientela perdida.

A situação de Reisner, no entanto, é ainda mais complicada do que parece. Em outubro do ano passado, um homem de 23 anos foi encontrado morto na banheira da cobertura onde ele mora em Manhattan, em uma aparente overdose. E meses antes, em maio, ele chegou a ser preso em East Hampton após dirigir embriagado. (Por Anderson Antunes)

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