Neta de João Havelange e filha de Ricardo Teixeira, Joana Havelange é, aos 34 anos, a escolhida do avô para representar a terceira geração da família que controla o futebol. Segundo a reportagem de capa da PODER deste mês, é ela quem, desde que o Brasil foi designado para ser sede da Copa do Mundo de 2014, foi alçada por Teixeira para ser a diretora-executiva do Comitê Organizador Local, o COL, o maior cargo de gestão da entidade – ela tem em suas mãos um orçamento de R$ 200 milhões.
* A matéria diz que a organização “tudo em casa” no COL divide opiniões. J. Hawilla, dono da Traffic, empresa de marketing esportivo, afirma desconhecer o trabalho de Joana no comitê, mas considera que ela “é muito preparada, sabe ouvir e tem muita iniciativa”. Para Marcio Braga, ex-presidente do Flamengo, “é só um nepotismo como outro qualquer a que estamos acostumados”.
* O jornalista Juca Kfouri, um dos principais opositores de Teixeira na imprensa brasileira, é totalmente contra a indicação de Joana ao cargo. “Em que outro comitê da história do futebol você tem como secretária-executiva a filha do presidente? Isso é um absurdo!”, afirma.
* Já o ex-dirigente do Vasco, Eurico Miranda, não vê problemas na indicação da filha de Teixeira. “Se ela tem qualidade, por que não?”, indaga. Andrew Jennings, jornalista da BBC britânica que investiga a Fifa, diz que “colocar a filha no comitê é um escândalo”.
* Na matéria, amigos ligados a Joana dizem que ela fala de futebol com propriedade. “Ela sabe tudo”, afirma a publicitária Bia Aydar. A promoter Carol Sampaio diz que elas sempre se encontram no Maracanã, durante os jogos do Flamengo. “Ela e os irmãos são flamenguistas roxos. O pai deles não: nunca fez nada pelo clube. Quando foi presidente do Conselho Deliberativo, o Teixeira foi afastado por falta de participação”, relata o ex-presidente do Flamengo Marcio Braga.
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