Os advogados de Harvey Weinstein estão fazendo de tudo para tentar retirar de um tribunal de Manhattan a competência para julgar o produtor pelos vários crimes sexuais dos quais ele é acusado, o que está marcado para acontecer já a partir de 9 de setembro. E o motivo que os integrantes da turma de engravatados têm usado para justificar a viabilidade da manobra judicial é no mínimo inusitado, e tem a ver com as mais de 11 mil menções feitas até hoje ao nome de Weinstein na coluna de fofocas mais lida da Big Apple, a famosa “Page Six” do “New York Post”.
De acordo com eles, praticamente todas as notas publicadas pelo pessoal do “Post” sobre seu cliente tem teor negativo e geraram grande repercussão, não apenas entre os leitores nova-iorquinos do jornal mas inclusive internacionalmente, e isso poderia influenciar o júri a eventualmente querer a cabeça do ex-todo-poderoso do cinema e da televisão americanos quando chegar a hora de decidir se ele é ou não culpado.
“A cidade de Nova York é o último lugar do mundo onde o Sr. Weinstein tem chances de ter um julgamento justo”, argumentou recentemente Arthur L. Aidala, que lidera o time legal de Weinstein, em uma carta enviada às autoridades de NY com autonomia para determinar que o bambambã caído se sente em um banco dos réus bem distante de lá. Mas as chances de que isso se torne realidade são mínimas, e a única certeza por enquanto é que, independente do local onde for julgado, o maior predador sexual da história de Hollywood dificilmente vai atrair olhares simpáticos e tampouco vai escapar dos flashes e holofotes. (Por Anderson Antunes)
- Neste artigo:
- advogados,
- crimes sexuais,
- Harvey Weinstein,
- JULGAMENTO,
- júri,
- Manhattan,
- transferência,
- Tribunal,