O príncipe Harry, quem diria, caiu numa pegadinha orquestrada por dois comediantes russos, Vladimir Kuznetsov e Alexey Stolyarov. A dupla ligou para o agora ex-royal na véspera do Ano Novo e, mais uma vez, no dia 22 de janeiro, se passando por Greta Thunberg e pelo pai da ativista sueca, Svante Thunberg, que de fato a auxilia nos contatos com poderosos. Os áudios das conversas foram divulgados nessa terça-feira, em um programa de rádio da Rússia.
Sob a impressão de que estava conversando em “off” com os Thunbergs, o marido de Meghan Markle comentou na primeira conversa telefônica o que então era o escândalo real do momento – o envolvimento de seu tio, o príncipe Andrew, com o esquema de pedofilia mantido por anos por Jeffrey Epstein – e se limitou a dizer que sabia pouco a respeito do assunto. “O que ele [Andrew] fez ou não fez é algo totalmente separado de mim e da minha mulher”, disse Harry. “A Meghan e eu trabalhamos de um jeito mais inclusivo, e focamos mais em assuntos de comunidade. E portanto nesse sentido nós somos totalmente separados do resto da minha família”, completou o neto da rainha Elizabeth II.
Já na segunda ligação, Harry alfinetou o presidente dos Estados Unidos Donald Trump por apoiar o desenvolvimento da polêmica indústria de carvão no país (“Ele [Trump] tem sangue nas mãos”) e comentou o #Megxit, que havia se tornado a notícia mais quente daquele momento em todo o mundo. “Acho que foi a melhor decisão que poderíamos ter tomado, mas fique tranquilo porque ninguém tirou nossos títulos reais por causa disso, não acredite em tudo que lê”, Harry declarou, aparentemente sem saber que nas semanas seguintes ele e Markle perderiam o privilégio de serem tratados por Suas Altezas Reais.
Kuznetsov e Stolyarov são bastante conhecidos em seu país, e no passado fizeram pegadinhas parecidas com Elton John e até com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Por causa da maneira razoavelmente fácil com que conseguem ter acesso a esses VIPs, há a suspeita de que os dois tenham algum tipo de conexão com os serviços secretos russos, apesar de que isso nunca foi confirmado. (Por Anderson Antunes)