Ticiane Villas Boas está de volta para a televisão. Na reta final da gravidez de uma menina, ainda sem nome definido, a jornalista vai comandar o “Duelo de Mães” na Band. A competição culinária coloca mães e celebridades frente a frente em provas para mostrar quem é a melhor cozinheira. O duelo conta com a consultoria gastronômica do chef Dalton Rangel, que julga os resultados e propõe novos embates. “Duelo de Mães” estreia dia 21 de agosto e vai ao ar todo sábado, às 20h25, logo depois do “Jornal da Band”, com transmissão simultânea no Portal da Band e no aplicativo BandPlay.
“Toda a minha experiência na Band foi no jornalismo, ao longo de quase 10 anos. Agora estou voltando na área do entretenimento, então para mim é uma novidade que me deixa muito feliz e ansiosa. Dá um frio na barriga e, ao mesmo tempo me passa uma segurança porque é uma sensação de estar voltando para casa”, afirma a apresentadora, que já é mãe de Joesley (5 anos) e Joaquim (2 anos).
Em conversa com Glamurama, a jornalista de 40 anos confessa que está no melhor momento de sua carreira depois de um período sabático, no qual se dedicou para a família e novos projetos. (por Baárbara Martinez).
Glamurama: Como foi gravar grávida?
Ticiane Villas Boas: Foi desafiador, mas na primeira semana de novembro vou estar gravando de novo o programa. Ela vai ter dois meses […] Não posso delegar se vai ter meu nome envolvido. Eu já tinha gravado esperando no meu primeiro filho, mas no jornal era mais light fisicamente, ficava sentada na redação, não saia para a rua, eram menos horas. No programa [“Duelo de Mães”], as diárias eram de 12 horas por dia, em que eu tinha que estar com a cara boa, bonita, simpática, com salto, e ainda por trás das câmeras, já que tinha convidados. Foi desgastante.
Glamurama: Um programa leve e divertido no meio deste caos que estamos vivendo. Essa foi justamente a proposta?
TVB: Coincidência de momento porque a pandemia fez a gente se voltar muito para a família, para casa, para os filhos, para as necessidades de assuntos leves, algo bom para falar. É um momento bom para esse formato de programa. Me sinto feliz de proporcionar isso, mais leveza. O compromisso é divertir, entreter, trazer mais conhecimento, contar histórias mais humanas dos artistas e das mães.
Glamurama: Você sente falta da redação?
TVB: Não, sinto carinho, gratidão e lembranças boas, mas não quero voltar, não cabe mais no meu estilo de vida hoje. No jornalismo aprendi muito, me descobri, me consolidei como profissional, fui reconhecida. Tudo que eu sou devo ao jornalismo, mas fechou o ciclo.
Glamurama: Você comentou sobre o clima atual estar pesado. Para deixar sua vida mais leve, você se afastou das notícias durante a pandemia?
TVB: No início foi ao contrário, eu via todos os jornais, sites, notícias, ativei todas as notificações dos veículos de notícias, tudo piscava. Depois de um tempo pensei que fosse ter uma síndrome do pânico, não conseguia nem ir ao mercado, na farmácia. Dei uma pausa.
Glamurama: O que você fez no seu período fora da televisão?
TVB: Me dediquei para a família, meu filho só tinha dois anos, acabei tendo outro e entrei em um outro projeto, como sou inquieta por natureza. Eu não queria ficar parada, mas senti que não era o momento de voltar para a televisão, de me expor em rede social, em televisão, em nada, então me descobri como empreendedora. Abri uma marca de móveis de design brasileiro, a +55design, que inaugurou já tem um ano, foi durante a pandemia, mas já estávamos no projeto antes. Nesses três anos e meio fora da tv, parte deles foram para desenvolver a marca. Estou muito feliz, me dá muito prazer acompanhar o resultado, está dando muito certo e agora vou administrar duas coisas [o negócio e o programa]. Estou no período mais feliz da minha vida, muito realizada. Durante o período sabático me descobri outra pessoa. Eu pensava muito no trabalho, era mais individualista, egoísta.
Glamurama: Você acredita ter ficado mais forte depois de tudo o que passou com sua família?
TVB: Não sei se foi essencial, se deveria ter acontecido, mas aconteceu. Não fico procurando culpado, justificativa esotérica, divina, mas aconteceu. Aceitei, enfrentei, sobrevivi e estou aqui. Já que estou aqui, estou mais forte, venci isso. Me descobri muito mais forte, resiliente, conseguindo me adaptar às situações. Descobri uma versão que nem sabia que tinha.
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