Uma série de posts que Johnny Hallyday, morto há dois anos, fez no Instagram entre 2015 e 2017 salvou dois dos filhos do lendário crooner francês de ficar a ver navios na hora da partilha dos bens. Glamurama explica: é que a viúva de Hallyday, Laeticia, briga há tempos na justiça da França pelo direito de se tornar a única herdeira da fortuna estimada em US$ 200 milhões (R$ 775,6 milhões), e para isso usou como arma o último testamento providenciado pelo intérprete de “Je te promets”, que teria sido assinado em Los Angeles e exclui a atriz Laura Smet, de 35 anos, e o compositor David Hallyday, de 52 anos – a filha e o filho mais velhos do astro da música.
O problema é que, para o documento ter valor em solo francês e ser considerado como um último desejo oficializado em outro país e, portanto, inquestionável, Laeticia teria que mostrar evidências de que seu falecido companheiro passou a maior parte do período em que foi casado com ela nos Estados Unidos, onde os dois mantinham desde 2014 uma mansão em LA. E é aí que entram os posts no Insta: para provar que Hallyday jamais trocaria definitivamente sua terra natal pelos States, Laura e David garimparam tudo que ele compartilhou na rede social desde sua estreia como “Instagrammer”, em 2012.
O resultado da pesquisa valeu a pena, e mostrou que apenas levando em conta os últimos doze meses de vida de Hallyday, oito foram passados na França, onde as leis não permitem em hipótese alguma que herdeiros legítimos sejam deixados de fora de testamentos. Com base nisso, os juízes responsáveis pelo imbróglio deram razão a Laura e David, que agora dividirão a herança milionária com Laeticia, de 44 anos, e as duas filhas dela com Halliday, que são Jade Odette, de 14 anos, e Joy, de 10 anos, ambas nascidas no Vietnã e adotadas ainda quando bebês pelo casal.
Considerado “o Elvis da França”, Hallyday lançou 79 álbuns ao longo da carreira e vendeu mais de 80 milhões de discos, além de ter estrelado vários filmes e especiais para a televisão. Já o patrimônio dele inclui, além de casas na França e uma vila em St. Barth, os direitos sobre mais de mil canções e muitos investimentos em forma de ativos líquidos. Não tivesse subido tantas vezes ao altar e bancado quatro divórcios antes de conhecer Laeticia, possivelmente o cantor que partiu dessa para uma melhor aos 74 anos, vítima de câncer, teria juntado muito mais. (Por Anderson Antunes)
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