O presidente do PT, Rui Falcão, agiu rápida e precisamente para garantir que a bancada do partido na Câmara se posicionasse a favor da abertura do processo para cassar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Ninguém do Palácio do Planalto bateu à porta de Falcão para pedir explicações. Há rumores de que o Palácio do Planalto trabalhava para evitar a cassação e dar os votos do PT a favor de Cunha. Falcão disse a petistas que não ouviu uma única palavra sobre o assunto sair da boca da presidente Dilma Rousseff, e nem tampouco de seus ministros da área política.
O presidente do PT vem colecionado ações ao estilo trator. Depois de agir nos bastidores para convencer o deputado André Vargas, investigado na Operação Lava Jato, a se desfiliar antes de sofrer processo de expulsão, Rui Falcão foi diretíssimo e avisou que o PT não seria solidário a Delcídio Amaral.
No artigo que escreveu para os petistas, antecipando a reunião da sexta-feira em que o destino de Delcídio será decidido, o presidente do PT foi de novo curto e grosso. Disse que o senador, que está preso, traiu o PT e Dilma e frustrou seu eleitorado. E mais: avisou que se o PT quer combater “a ofensiva conservadora contra o partido” precisa ser rigoroso internamente e combater “o oportunismo, o personalismo e o relaxamento da vigilância contra comportamentos antipartidários”. (Por Malu Delgado)
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