Há um ano e meio, algo mudou no “Globo Esporte” de São Paulo, da Rede Globo. O responsável por isso? Tiago Leifert. O jeito irreverente de comandar a atração fez com que o jovem apresentador e também editor-chefe virasse referência no jornalismo esportivo e se tornasse o queridinho de um público bem variado. Em meio à correria da primeira Copa do Mundo da carreira dele e à frente da “Central da Copa”, Tiago atendeu o Glamurama para falar do trabalho. Sem perder o bom humor, claro.
Você foi “escalado” para fazer a cobertura desta Copa do Mundo aqui do Brasil. Como sente essa responsabilidade? Gostaria de ter ido para à África do Sul?
“O plano de fazer o ‘Central da Copa’ surgiu há sete meses. A gente sabia que desde o começo ia ser um dos grandes desafios da cobertura e estamos trabalhando no programa há muito tempo. Por mais que a Copa seja na África, o impacto é na torcida e é a torcida que interessa. O ‘Central da Copa’ é um espaço para a torcida se manifestar. Não tinha como fazer o programa em outro lugar!”
A partir da sua experiência, você acredita que o Brasil está preparado para receber a Copa do Mundo e a Olimpíada? Está otimista?
“Experiência? Quá, quá, quá. Fiz duas grandes coberturas – o Pan-Americano e a Olimpíada de Pequim. Fico até sem graça de responder a pergunta se tem gente que trabalha aqui e já cobriu nove grandes eventos. Mas, pelo que vi, o Brasil tem todas as condições. Estou otimista e bastante ansioso.”
Quem você acredita que vai ser o destaque desta Copa? Qual time te surpreendeu?
“Gostei de ver o Uruguai e os Estados Unidos. O Uruguai pela velocidade e a inteligência. Os Estados Unidos, pela vontade, pela garra. Até agora, o grande jogador é o David Villa, da Espanha.”
Você trouxe mudanças para o jornalismo de tevê. Sentiu muita resistência quando quis implementar suas novas ideias?
“Acho que é como uma frase de um escritor americano de que gosto muito: ‘Boas ideias têm infâncias solitárias’”.
Como você lida com a repercussão do seu trabalho? Quem é o seu público?
“Adoro conversar com as pessoas. Na tevê aberta, a gente fala com todos os públicos. É a nossa obrigação fazer reportagens que agradam todos os públicos.”
O que você faria se não fosse jornalista? Tem alguma habilidade esportiva?
“Não tenho nenhuma habilidade esportiva!!! Eu apenas me esforço. Se não fosse jornalista? Seria psicólogo ou designer de games.”
Como o futebol entrou na sua vida? Você é daqueles jornalistas que tinham o sonho de ser jogador e não conseguiu?
"Nunca sonhei. Foi pela minha família: minha mãe, meu avô paterno e meu avô materno. Eles gostam muito de futebol. E a Copa de 1994 me marcou muito.”
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