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Quando se fala em maquiagem no Brasil, o santista Fernando Torquatto aparece entre os nomes mais bacanas dos últimos tempos. Mas este foi apenas um dos caminhos que ele resolveu seguir entre todos aqueles que se apresentaram. Com a carreira cada vez mais consolidada, Torquatto ganha mais espaço na tevê – será coapresentador do “Superbonita”, no GNT, ao lado de Alice Braga – e será o responsável pelo look dos artistas de “Insensato Coração”, próxima novela das 8, de Gilberto Braga. Penúltimo de uma lista de oito irmãos, ele bateu um papo com o Glamurama e contou um pouco mais da carreira e da vontade de ter filhos.

Você é conhecido pelo trabalho como maquiador, mas também fotografa e é formado em teatro pelo Tablado. Considera-se um homem multifacetado?

“Acho que sim. Na realidade, sempre me senti muito livre para gostar das coisas, para interferir em tudo que tivesse a ver com arte. A vida foi me levando. Primeiro foi o teatro e o canto, cheguei a ter banda.” 

Por que você fez faculdade de Programação Visual?

“Na verdade, eu não sabia o que fazer! A minha cabeça viajava muito, mas sempre gostei muito de me comunicar. Pensei em fazer artes plásticas, mas era muito solto pra mim, queria algo mais objetivo. Durante o curso, tinha aula de fotografia e me apaixonei. Ao mesmo tempo, para fotografar eu precisava maquiar minhas colegas, porque eu gostava de fotografar gente. Pegava maquiagem da minha mãe, dava uma olhada em algumas revistas e depois fazia nas meninas. Depois de um tempo, me ‘escolheram’ maquiador e comecei a investir nisso.”

Trabalhar com make envolve a vaidade das pessoas. Já se deparou com alguma situação em que fez um trabalho e depois teve que desfazer?

“Talvez a minha vivência com o teatro tenha me dado uma abrangência para entender como as pessoas funcionam. Maquiador tem que ter uma sensibilidade silenciada, é muita troca de energia. Muitas atrizes têm resistências, mas, se você tiver inteligência e for concentrado, consegue modificar aquilo. Em 1994, trabalhei com uma modelo que era muito chata, mas, na frente dela, mantive a calma. Depois aprendi e não permito que ninguém me aborreça nesse nível.”

Já teve situações em que virou um “psicólogo”?

“Claro! De um modo geral, profissional de beleza se faz meio de confidente, é clássico. Para falar a verdade, aquelas que eu ouvi um pouco mais se tornaram minhas amigas, mas não abro esse espaço para todo mundo. Tenho um grupo de dez pessoas que com quem me relaciono e das quais sinto muita falta como a Taís Araújo, Carolina Dieckmann, Giovanna Antonelli, Ildi Silva, Letícia Birkheuer, Julia Almeida. Quando ouvia as pessoas me chamando de ‘queridinho das celebridades’, me parecia tão superficial, porque eu tinha uma relação de amizade com as pessoas.”

Em quem se inspirou no começo da sua carreira como maquiador?

“Duda Molinos é de uma geração antes da minha, então via muito o que ele fazia, acho incrível, maravilhoso. Mauro Freire maquiava também, mas era mais dramático, para a passarela. Gostava muito de François Nars e Kevyn Aucoin também.”

Seu casamento com Marina Morena completou dois anos. Os filhos estão nos planos no casal?

“Olha, é uma coisa que temos que pensar logo. Tenho 40 anos, Marina vai fazer 27, então, temos um tempinho. Mas nos próximos anos vamos decidir se queremos ou não ter filhos. Quando alguém fica grávida, ela se anima, porque fica pensando nos programas que faria com as amigas. Como tive muitos irmãos, vi minha mãe passando a existência dela cuidando dos filhos, então sempre pensei: ‘só vou ter filho quando tiver feito tudo que tiver vontade’. Hoje em dia, tenho maturidade para não pensar dessa forma. Mas ainda quero fazer muita coisa, como focar mais em tevê, que é um sonho antigo. Mas agora ela foi chamada para fazer um estágio em Nova York, quem sabe no ano que vem eu vá para lá também, tentar alguma coisa.”

Fernando Torquatto: objetivos variados

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