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De mansinho, Jayme Matarazzo apareceu na minissérie “Maysa – Quando Fala o Coração”, interpretando o próprio pai, Jayme Monjardim. Ganhou um papel no filme “A Suprema Felicidade”, de Arnaldo Jabor, e, há uma semana, vem chamando a atenção do público como protagonista na novela “Escrito nas Estrelas”. Hoje, mais confiante do próprio potencial, esse carioca-paulistano conta ao Glamurama como, em tão pouco tempo, conquistou tudo isso.

Você cresceu sempre muito próximo à arte. De que maneira o convívio com a herança cultural de sua avó – Maysa – e a profissão de seu pai influenciaram a sua formação?

“Tem aquele negócio de sangue que corre na veia, sabe? Não dá pra negar… A música e a tevê estiveram sempre muito presentes na minha vida. Então, isso tudo é muito familiar pra mim. A gente fica com isso na cabeça pra fazer as escolhas pessoais e profissionais. Desde pequeno, sempre que vinha ao Rio para ver meu pai, ia com ele às gravações, ficava lá assistindo, quietinho.”

Você chegou a pensar em adotar outras profissões que não a de ator?

“Sempre fui muito ligado à arte em diferentes ramos. Fiz faculdade de cinema, mas ainda não concluí, tive uma banda com amigos, pensei em seguir carreira na fotografia… Então já caminhei por várias áreas da arte. Também foquei muito na parte de direção, sempre admirei muito o trabalho do meu pai. Nunca tinha pensado em atuar.”

E como foi parar em “Maysa”?

“Tudo foi acontecendo de maneira tão natural e espontânea que, cada vez que passava em um teste, ganhava mais coragem. Estavam precisando de alguém para interpretar o meu pai e o Manoel Carlos acabou me chamando, mas eu não botava muita fé que ia dar certo. Fiz o teste sem pretensões. Acabei passando, aceitei o desafio e achei gostoso ficar na frente das câmeras. Foi meio no susto mesmo. Depois, fui convidado pra fazer um teste para o filme do Arnaldo Jabor. Depois de ter feito o filme, achei que iria voltar a estudar. Mas, fui chamado para fazer outro teste, para a novela, e deu certo.”

Como foi essa experiência no cinema?

“Me senti megafeliz! E foi realmente no filme que fiz minha verdadeira escola. Tive tempo pra estudar, me preparar, contracenei com gente como Marco Nanini e Dan Stulbach, pessoas que já admirava. Foi ali que despertou o tesão mesmo por ficar em frente às câmeras.”

Já recebeu indiretas de pessoas insinuando que você chegou onde está por ser filho de um diretor da emissora?

“As pessoas insistem nessa pergunta, mas quem me conhece sabe muito bem que eu e meu pai somos muito amigos, mas que cada um levou a vida muito diferente do outro. Cada um batalhou na sua área, no seu espaço, nunca interferi no trabalho dele, nem ele no meu. Dos testes que fiz, ele só ficava sabendo depois que eu era aprovado.”

Este é apenas seu segundo trabalho na tevê. Já consegue traçar objetivos para o futuro?

“Acho que sempre tive aquele ideal de cada passo de uma vez, cada coisa ao seu tempo. Sei que quero continuar estudando muito, tenho ainda a ambição de fazer cinema, atuar, produzir, escrever. Cinema é uma grande arte.”

Jayme Matarazzo: no começo da caminhada

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