Recém chegado dos Estados Unidos, o fotógrafo de moda Bico Stupakoff, filho de Otto Stupakoff, um dos mais importantes fotógrafos do mundo, passou na Casa Glamurama para um bate-papo. Ele, que é brasileiro, mas vive nos Estados Unidos há quase 30 anos, tem seu trabalho estampado nas páginas das mais respeitadas revistas internacionais de moda. Mas, além da fotografia, Bico é um apaixonado pelo automobilismo. Em nossa conversa ele fala um pouco sobre a volta a São Paulo, a vida em família e os muitos planos para o Brasil. Confira alguns destaques:
* Você se mudou para Nova York muito jovem, como foi o início da sua carreira lá?
“Em São Paulo eu já era fotógrafo, mas de revistas de automobilismo, motos. Quando cheguei em Nova Yok trabalhei um ano com meu pai. Fiz meu currículo e enviei para todos os fotógrafos da cidade. A única pessoa que me ligou de volta foi o Bruce Weber! Trabalhei dois anos com ele, aí foi ‘efeito bola de neve’. Acabei trabalhando para quase todas as revistas de moda importantes, de “Vanity Fair” à “Vogue” francesa".
* Agora você vive em uma fazenda em Delaware, perto de Woodstock, não?
“Morei 11 anos em Manhatan, quando meu filho Lucas nasceu, eu e minha mulher – a ex-modelo inglesa Lucy Cunninghan- fomos visitar a casa de campo de um amigo, o cabeleireiro Rick Pepino, e neste dia decidimos mudar para o interior. Mas eu vivo em todos os lugares, vivo viajando, por conta do automobilismo”.
* Você é totalmente ligados em carros, seu vinda a São Paulo tem algo a ver com isso?
" Sou piloto também, já estive em várias categorias. Tenho muitos amigos do automobilismo aqui. Nos juntamos e montamos um projeto: um country club de automobilismo, em São Paulo. Aqui, para pilotar, só temos Interlagos, que é controlado pelo Governo. Imagine uma alternativa à Interlagos! Para quem pilota e para quem quer aprender… Pode ser incrível".
* Você pensa em voltar definitivamente para São Paulo? A sua decisão tem alguma relação com a crise americana?
“Penso em ficar, sim. Desde que cheguei aqui, e não faz uma semana, estou fazendo vários contatos na moda e no automobilismo, as coisas já estão acontecendo e pretendo ficar por aqui. E é claro que tem relação tanto com a crise americana, quanto com a prosperidade do Brasil. Enquanto nos Estados Unidos as revistas seguem fechando, no Brasil esse é um mercado que cresce. E também… Sinto que é hora dos meus filhos aprenderem o Português!".
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