Em 2015, com apenas 35 anos e então carregando há mais de uma década o título de modelo mais bem paga do mundo, Gisele Bündchen se aposentou das passarelas e resolveu diminuir o ritmo de trabalho nas outras áreas de sua profissão que lhe garantiam tamanha renda, como a representação exclusiva de grandes marcas, que lhe exigia uma disponibilidade alta para viajar pelo mundo afora a fim de promover
os produtos.
Como explicou sete anos atrás, a übermodel queria se dedicar mais do que tudo à família, formada pelo agora ex-marido, Tom Brady, e os dois filhos, Vivian Lake e Benjamin Rein, de 9 e 12 anos, respectivamente. E, Bündchen estava certa de que o jogador de futebol americano faria o mesmo dali há uns dois ou, no máximo, três anos, conforme o próprio a teria prometido. Mas o tempo foi passando e, a megastar de 45 anos completados em julho, viu que daquele mato não sairia coelho. O resultado foi o recente divórcio do ex-casal, que teria tido como principal motivo o fato de que Brady só pensava em continuar jogando.
Dizer que Bündchen deixou de ganhar dezenas de milhões de dólares por causa de sua semi-aposentadoria é, no mínimo, razoável. Mas, a ex-Angel da Victoria’s Secret está muito bem no quesito pé-de-meia, evidenciáveis diante de sua fortuna estimada em US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões). E, o final dessa história pode ser um daqueles como os das grandes viradas nas novelas de Gilberto Braga, quando a mocinha ou o mocinho, que se deram mal em determinado ponto da trama, terminam levando a melhor de tal forma que poderia até redefinir o conceito de “sair por cima”.
É que GLMRM ficou sabendo que a outrora vilã da comédia “Táxi” manteve conversas recentes com o pessoal da Netflix para discutir a ideia de uma série de lifestyle que estrelaria seria meio reality show, meio talk show, com a participação de celebridades. A produção também incluiria dicas sobre decoração, receitinhas de comidas naturebas como as que Bündchen consome, e iria tratar de questões relativas ao meio ambiente, já que sua eventual apresentadora é embaixadora global da ONU para assuntos ligados à natureza, e mais alguns tópicas do segmento de lifestyle, que deve crescer 8% nesse ano nos Estados Unidos, país em que movimentou quase US$ 15 bilhões (R$ 78,1 bilhões) em 2021.
Bündchen também seria a produtora-executiva da atração, função que já exerceu no documentário “Solo Fértil”, de 2020, e no qual também atuou como âncora. A Netflix, aliás, foi quem a procurou para tratar da tal série justamente em razão do filme, que faz parte de seu catálogo e foi elogiadíssimo pela crítica quando lançado. Hoje integrante do mais que estrelado casting da Creative Artists Agency (CAA), a maior agência de talentos de Hollywood e a mesma que representa Reese Witherspoon, Steven Spielberg e Tom Hanks, a maior supermodelo da história assinou com a gigante do showbiz justamente para buscar jobs desse tipo, fora do universo fashion.
E, tudo isso sob o olhar e a análise calculista de Anne Nelson, a lendária agente de modelos que cuidou durante praticamente toda a carreira de Bündchen. Nelson é conhecida por ter mão de ferro, e meticulosa ao ponto de, quando achar válido, pedir até dados financeiros sobre as empresas que buscam contratar sua cliente famosa (e única) para se certificar de que tais interessadas tenham caixa suficiente para bancar o cachê de Bündchen. Elas haviam encerrado a parceria mais do que frutífera em 2015, mas reataram a relação profissional no começo do ano.
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