Depois de 22 anos sendo representada exclusivamente pela IMG Models, hoje em dia uma subsidiária da gigante William Morris Endeavor (WME), Gisele Bündchen está deixando o casting da maior agência de modelos do mundo. Conforme revelado pelo New York Post, a supermodelo decidiu que, a partir de agora, deixará sua irmã gêmea, Patrícia Bündchen, cuidando de seus contratos multimilionários. Apesar de estar oficialmente aposentada desde 2015, Bündchen ainda empresta sua imagem para algumas marcas importantes, como a Chanel e a Pantene, e, por esses jobs, embolsa estimados US$ 10 milhões (R$ 53,7 milhões) anuais, uma soma suficiente para manter seu nome na lista das modelos mais bem pagas do mundo (que é liderada atualmente por Kylie Jenner, mas foi da ex-Angel da Victoria’s Secret durante mais de uma década graças em parte ao empenho da IMG em lhe dar os melhores trabalhos).
A mulher de Tom Brady migrou para a IMG em 1999, em uma movimentação de bastidores que rendeu bastante polêmica na época. Anteriormente agenciada pela Elite Models de John Casablancas, Bündchen rompeu com o lendário “model scout” e foi de mala e cuia para a concorrência, levando consigo vários funcionários antigos dele. Os dois trocaram farpas pela imprensa durante meses por causa do imbróglio e quase acabaram se enfrentando nos tribunais. Casablancas, que morreu em 2013, coincidentemente no mesmo dia do aniversário de Gisele, o que na época foi considerado uma ironia do destino, nunca a perdoou pelo que chegou a chamar de “traição”, e por isso dedicou à Bündchen um capítulo inteiro do livro de memórias que publicou em 2008, intitulado “Vida Modelo”. Na obra, o descobridor de Cindy Crawford e Naomi Campbell chamou a brasileira de tudo e ainda a culpou pelo declínio da Elite, a partir do começo dos anos 2000. (Por Anderson Antunes)
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