Na escola convencional, o olhar de muitos professores e docentes é voltado apenas para o teórico. Grande parte maioria dos pais também espera apenas um bom desempenho teórico de seus filhos, porém esquece de uma questão crucial para o desenvolvimento do estudante enquanto pessoa e cidadão: as relações sociais. Mas afinal de contas, o que isso significa? Significa que esquecem o quão fundamental é a formação das relações sociais, as relações de amor, de rivalidade, de interesse, de ética e moral entre os colegas de sala.
As primeiras formas de socialização acontecem justamente na escola, e, geralmente, a primeira paixão romântica, o primeiro desentendimento e rivalidade, a primeira relação por interesse… E com o passar dos anos, isso se intensifica até chegar ao ensino médio, onde as relações sociais são mais claras e se desenrolam mais naturalmente. Contudo, o problema é quando há a repressão por parte de professores e docentes.
O pensamento que vai contra esse desenrolar natural e que surpreendentemente muitos professores estimulam: “Escola não é lugar de conversar, escola não é lugar pra ficar de amizadezinha com ninguém, escola é lugar pra sentar a bunda na cadeira e aprender”. Essa visão antiquada não faz sentindo algum, tendo em vista que o ser humano possui uma natureza de sociedade. O professor, enquanto responsável por criar e moldar as capacidades e potenciais dos alunos, precisa incentivar a socialização.
Uma roda de debates, troca de ideias, um papo bem desenrolado do professor com seus alunos… nada disso é tempo perdido. Trata-se de estimular a socialização como uma capacidade necessária na formação do aluno. Concordamos que tudo tem limites. Não se pode deixar virar bagunça, nem baderna, mas o ponto é que ainda existe professores e docentes que pensam que devem proibir qualquer forma de desenvolvimento nas relações sociais.
Veja bem, de que adianta todo conhecimento teórico sem a comunicação, sem ter uma relação social? No final torna-se fundamental para o aluno se desenvolver como cidadão e ser social. Então, que tal enxergar as escolas além de simplesmente “caderno e caneta”? É preciso que os alunos tenham consciência de suas relações com eles mesmos, pois depois do termino do período escolar, inseridos na sociedade por completo, eles terão de lidar com isso, querendo ou não. Mais sobre o assunto no vídeo. Play!
- Neste artigo:
- Audino Vilão,
- Geração Z,