por Audino Vilão*
Gostaria de começar esse texto celebrando o Dia do Professor! Hoje, dia 15 de outubro, comemoramos a data em plena pandemia, encarando o EAD, em um cenário que, nem nas brisas mais distantes, um professor do século 21 imaginaria estar vivenciando. Gostaria de trazer a memória do nosso querido mestre Paulo Freire, grande ícone da educação brasileira, e chamar à reflexão de sua famosa frase “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”.
Oras, a partir disso podemos concluir que, o professor deve ser o sujeito que vai libertar seus alunos, e não aquele que vai continuar exercendo um papel opressor e dominante numa relação de aprendizado. Entendendo melhor a frase podemos analisá-la dessa forma: Há uma relação de poder passada através da educação, onde o professor se coloca acima do aluno, ensinando além da matéria (como português, história, química) uma forma de dominação, de opressão. É o sistema que exerce a opressão na sociedade e faz com que, o desejo do oprimido seja um dia atingir o papel do opressor, fazendo assim o sistema funcionar.
Mas então como o professor deve agir para formar homens e mulheres livres, e não oprimidos com potencial de se tornarem opressores? Pela pedagogia horizontal! No cenário horizontal, o professor não vai apenas PASSAR o conhecimento pronto para o aluno, do auge de sua sabedoria, mas sim construir um conceito valorizando o aluno, suas experiências de vida e cultura, colocando assim o aluno como PROTAGONISTA da matéria. É ali que, além de ocorrer o fenômeno do aprendizado, vai ocorrer também a libertação do aluno.
Libertação do sistema projetado para ser um ciclo de oprimido se tornar opressor, da relação de dominação em sala de aula. O aluno se torna livre junto ao professor para construir o saber. “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” O que podemos entender dessa frase? Sem uma educação libertadora, nossa sociedade nunca irá mudar, sempre cairá no ciclo vicioso do oprimido querer oprimir. Esse dever de libertar pela educação é responsabilidade de nós, professores. Play para conferir o vídeo! (*Audino Vilão, filósofo, cursa História na universidade e é youtuber – no insta @audinovilao e no Youtube)
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