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Galvão Bueno, Boni, Zagallo e Glenda Kozlowski || Créditos: Agnews

Por Michelle Licory

Chegou a vez de Galvão Bueno lançar seu livro de memórias, “Fala, Galvão”, no Rio. A noite de autógrafos rolou na Travessa do Shopping Leblon e contou com a presença de Zagallo, Boni e boa parte do time do jornalismo esportivo da Globo. Teve até o ex-BBB bonitão Fernando, que acabou de sair do confinamento e foi dar uma “hypada” na imagem por lá. E por falar em Boni… “Ele é um dos meus grandes mestres. É um gênio, e gênio tem seus rompantes. Tive medo de ser demitido”, nos confessou Galvão. “Não dá pra falar tudo o que eu penso, ou teria dito um monte de bobagens naquele 7×1” foi outro desabafo que ele fez durante o evento.

Perguntamos se o título da publicação, “Fala, Galvão”, foi para exorcizar o movimento “Cala a Boca, Galvão”, disseminado por um programa humorístico de uma emissora concorrente e se o narrador costuma ter essa postura na vida: encarar tudo de frente. “Sei que sou polêmico. Tem gente que gosta de mim, gente que não. Mas meu orgulho profissional é porque a quantidade de gente que gosta sempre foi maior. Sempre encarei todos os problemas de frente. O ‘Cala a Boca, Galvão’ poderia ter sido terrível. Começou na abertura de uma Copa… Eu tinha o campeonato todo pela frente. Mas o esporte rege a minha vida, tenho espírito esportivo. Isso tudo virou um grande barato. Os colegas de trabalho começaram a falar essa frase durante as transmissões, como brincadeira.” E o feitiço virou contra o feiticeiro? “Ah, a escolha desse título para o livro não foi uma revanche. Eu vivo de falar, mesmo, então… Achei que ficava legal.”

Pedimos para ele destacar três momentos profissionais importantes. “Três narrações? O primeiro título do Senna, em 1988, o ‘é tetra, é tetra, é tetra’, em 1994, e a prata do Brasil no atletismo, revezamento 4 por 100 nas Olimpíadas de Sidney.” Foi difícil botar um ponto final no livro? “Eu não queria deixar ninguém de fora, ninguém que foi importante nesses 41 anos de carreira. O resultado disso foi que o livro fechou 10 vezes. Eu sempre lembrava de mais alguém. E hoje, no avião, acrescentei mais coisa, pra sair quando ganharmos outra edição. Queria botar todo mundo que me ajudou, desde meu primeiro emprego na rádio. E TV… TV é coletivo, ninguém faz nada sozinho.”

Então a gente comentou que Galvão é referência já há algumas décadas, que atingiu o topo na carreira. Será que ele não pensa em aposentadoria? “Quem disse que não falta nada? Ainda tenho muito para fazer! Uma coisa tenho certeza: vou trabalhar até o último dia da minha vida. Não sei se narrando, ou fazendo uma humilde participação. Que Deus me dê saúde pra isso…”

Última pergunta… “Última não porque não pretendo morrer hoje!” OK, última de hoje… Conta pra gente um hobby, algo que gosta de fazer fora dos holofotes? “Tenho muitos hobbies. Um deles é ir para o Rio Grande do Sul cuidar dos cortes dos meus vinhos. E curtir minha família. Sou um vovô apaixonado.” Eles deixam você falar à vontade? “Na minha casa, todo mundo fala muito.”

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