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Nilton Bonder

A Galeria Marília Razuk celebra uma dupla inauguração que promete envolver o público em reflexões profundas e estéticas marcantes. Abrindo suas portas para as exposições Território em Transe e Leste do Éden, a galeria se torna palco de um encontro ímpar entre diferentes linguagens artísticas e períodos históricos, proporcionando uma experiência imersiva e enriquecedora para os amantes da arte.

Território em Transe, coletiva curada por Ana Carolina Ralston, traz à tona uma gama de questões sociopolíticas e culturais, mergulhando no âmago das complexidades territoriais e dos conflitos que permeiam a América Latina. Inspirada pelo emblemático filme “Terra em Transe”, de Glauber Rocha, a exposição propõe um diálogo instigante entre obras de sete artistas de renome, incluindo Johanna Calle, Anna Bella Geiger e Marcela Cantuária. Sob a égide do transe, as obras convidam o espectador a refletir sobre as fronteiras físicas e metafóricas que moldam nossas sociedades e identidades.

Enquanto isso, a exposição Leste do Éden, resultado de uma colaboração entre as galerias Estação e Millan, mergulha nas poéticas pictóricas de Júlio Martins da Silva, Paulo Pasta e Pedro Figari. Sob a curadoria de Antonio Gonçalves Filho, a mostra apresenta 35 telas que dialogam entre si, revelando a profunda conexão dos artistas com o tema do exílio e da busca por identidade. Em uma mistura de memória, história e imaginação, as obras transportam o espectador para paisagens tanto idílicas quanto alegóricas, refletindo sobre as nuances da condição humana e as transformações do mundo ao longo do tempo.

Ambas as exposições oferecem uma oportunidade única para explorar as múltiplas camadas da arte contemporânea e sua capacidade de provocar questionamentos e reflexões. Ao inaugurar simultaneamente Território em Transe e Leste do Éden, a Galeria Marília Razuk reafirma seu compromisso em promover o diálogo entre diferentes formas de expressão artística e estimular o pensamento crítico sobre os desafios e possibilidades do mundo contemporâneo.

GLMRM mostra alguns cliques da abertura que aconteceu na quarta-feira (15):

Até 20 de julho, os visitantes têm a chance de se perder nas narrativas visuais dessas duas exposições marcantes, explorando os territórios da mente e da alma, e encontrando novos significados em cada pincelada e forma. Em um momento de tantas incertezas e transformações, a arte se revela mais do que nunca como um farol de inspiração e reflexão, guiando-nos através dos labirintos da existência rumo à compreensão e à empatia.

 

Fotos: Denise Andrade

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