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Série "Space Fruit", de Andy Warhol  ||  Crédito: Divulgação
Série “Space Fruit”, de Andy Warhol || Crédito: Divulgação

O clima anda pesado no Lower East Side, em Manhattan, mais precisamente na Woodward Gallery, especializada em arte contemporânea. É que Nira Levine, de 85 anos, está processando os donos do espaço, John e Kristine Woodward, exigindo papéis que comprovem a autenticidade de 90 pinturas da série “Space Fruit”, de Andy Warhol, que ela comprou por lá em 2008.

E o drama não para por aí porque Nira também entrou com um processo para descobrir os detalhes de outras compras feitas na galeria, como participações em mais de 50 obras de arte. Os pedidos e processos foram abertos na Suprema Corte de Nova York no dia 30 de junho e explicam que Nira comprou os quadros em parceria com os Woodwards, que os revendiam e dividiam os lucros com a colecionadora. Mas a coisa começou a tomar outro rumo quando Nira teve acesso a um relatório emitido por um restaurador, que detalhou que 63 das 76 gravuras da coleção “Space Fruit” eram consideradas falsas pelo conselho de autenticação da fundação Warhol. A colecionadora pagou US $ 180 mil (R$450 mil) em 2008 e quando pediu os documentos para realizar as transações na receita federal, os proprietários da galeria disseram que não havia nada que oficializasse a compra.

A partir desse acontecido, Nira desconfiou de algo errado, o que a fez abrir os olhos sobre outras compras que fez na Woodward Gallery desde 2002, um total de 140 pinturas e no valor de US$ 1 milhão (R$4,5 milhões). Entre as compras suspeitas estão o quadro “Green Hair Woman”, de Pablo Picasso, “Subway”, de Keith Haring, itens de Jean-Michel Basquiat e Alexander Calder.

Por hora, Nira Levine quer que todos os documentos das obras adquiridas por ela tenham documentação oficial e selo de autenticidade. O casal também já tem em mãos uma ação cível sobre quebra de contrato, violação de direitos, fraude e má fé.

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