Por essa Anna Wintour certamente não esperava: nessa terça-feira, um grupo de funcionários da Condé Nast, da qual ela é diretora-geral de conteúdo, baixou na frente do château de US$ 8 milhões (R$ 40,2 milhões) da editrix no Greenwich Village, em Nova York, para protestar contra uma política de cortes de salários recentemente anunciada pela gigante editorial, que é dona de revistas como “Vogue”, “Vanity Fair” e “The New Yorker”.
Foram jornalistas dessa última, que é mais politizada, que organizaram o protesto, o que de certa forma não faz muito sentido uma vez que a publicação é uma das únicas dentro do portfólio da Condé Nast nas quais Wintour pouco apita, justamente por se interessar pouco por política e afins.
Não se sabe se a mulher mais poderosa da moda estava em casa quando tudo aconteceu, mas os cerca de 30 e poucos manifestantes que baixaram lá – todos filiados a um sindicato de NY criado em 2018 – fizeram barulho. Há quem diga, no entanto, que eles erraram de alvo, já que os protestos poderiam ter sido direcionados a Donald Newhouse, um dos donos da editora, e também de uma fortuna estimada em US$ 15,8 bilhões (R$ 79,5 bilhões).
Wintour, que comanda a “Vogue” desde 1988, foi promovida ao cargo de diretora-geral de conteúdo da Condé Nast em dezembro do ano passado. Até então, seu salário anual estava na casa dos US$ 2 milhões (R$ 10,1 milhões), mas um aumento certamente foi negociado junto com o acúmulo de novas funções. (Por Anderson Antunes)
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