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19ª Flip – Festa Literária Internacional de Paraty || Créditos: Reprodução
19ª Flip – Festa Literária Internacional de Paraty || Créditos: Reprodução

A 19ª Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, que acontece em formato misto entre os dias 27 de novembro e 05 de dezembro, acaba de anunciar detalhes sobre a curadoria convidada e as homenagens. Nessa nova proposta de formato híbrido, as mesas e intervenções videográficas não terão a presença de público, ainda por conta do momento delicado da pandemia.

Pela primeira vez, a Festa vai trabalhar com curadores convidados e fazer homenagem coletiva. “Este ano, a Flip volta seu olhar para a necessidade de se rever a dissociação entre homem e natureza. É um conceito que busca refletir sobre as questões mais urgentes do contemporâneo. A intenção é se nutrir das florestas, que são sistemas abertos, colaborativos”, diz Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip.

A grande importância das plantas nas obras literárias será destacada, como os buritis de Guimarães Rosa, o Jardim Botânico e as flores de Clarice Lispector, os arvoredos de Fernando Pessoa, as folhas de Mãe Stella de Oxóssi, para mostrar o texto literário sob forma de narrativa, poesia ou drama, em registro oral ou escrito, que tem tido uma contribuição fundamental para a valorização das diferentes formas de vida.

Inspirada pelas florestas e sua diversidade, a Flip trabalha pela primeira vez com um coletivo de curadores, uma verdadeira “floresta curatorial”. Hermano Vianna, antropólogo de formação, e misturador geral de informações, coordena o trabalho deste coletivo curatorial, integrado por Anna Dantes, colaboradora da Escola Viva Huni Kuin há mais de 10 anos e uma das fundadoras do Selvagem – Ciclo de estudos sobre a vida; Evando Nascimento, escritor e filósofo, pioneiro na reflexão sobre literatura e plantas no Brasil; João Paulo Lima Barreto, antropólogo do povo Tukano, do Alto Rio Negro, doutor pela Universidade Federal do Amazonas e fundador do Centro de Medicina Indígena em Manaus; e Pedro Meira Monteiro, professor da Princeton University e um dos fundadores da oficina Poéticas Amazônicas, no Brazil LAB da Universidade.

Nesta 19ª edição, a Flip faz uma homenagem coletiva para todos os pensadores, conhecedores e mestres indígenas que tiveram suas vidas interrompidas pela Covid-19. Alguns nomes: Higino Tenório, escritor, benzedor, especialista em arte rupestre, professor e fundador da primeira escola indígena do povo Tuyuka; Feliciano Lana, artista plástico e escritor do povo Desana, conhecido internacionalmente; Zé Yté, colaborador central dos mais importantes estudos sobre a etnobiologia Kayapó; Maria de Lurdes, guardiã das plantas de cura do povo Mura; Meriná, mestra de rituais de cura e benzimentos do povo Macuxi; Alípio Xinuli Irantxe, mestre das flautas do povo Manoki; Domingos Venite, Guarani, líder da maior terra indígena do estado do Rio de Janeiro, militante de novas políticas de saúde indígena. Através desses nomes, a Flip também homenageia todas as vítimas da pandemia, entre elas gente de outras sabedorias e narrativas como Nelson Sargento, Aldir Blanc e Zé de Paizinho, mestre do samba de aboio sergipano, ou a poeta Olga Savary, o poeta Vicente Cecim e o ficcionista Sérgio Sant’Anna.

SERVIÇO

19ª Festa Literária Internacional de Paraty
Edição Virtual
Programa educativo: de 22 a 27 de novembro
Programa principal: De 27 de novembro a 5 de dezembro
Programação completa, locais virtuais e horários: em breve!
+ @flip_se

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