Pelo menos um brasileiro deverá prestar atenção no leilão de uma Ferrari 250 GTO de 1962 que a Sotheby’s marcou para o fim de agosto, a fim de coincidir com a realização de um tradicional evento de carros de luxo que acontece há anos em Pebble Beach, na Califórnia. Filho da bilionária brasileira Lily Safra, o empresário Carlos Monteverde é o dono do modelo produzido pela montadora italiana que atualmente detém o título de automóvel mais caro já vendido no martelo, uma outra Ferrari 250 GTO também datada de 62 pela qual ele pagou US$ 38,1 milhões (R$ 143,1 milhões) em 2014.
De tão raros que são, esses carros se transformam em grandes investimentos para aqueles que têm cacife para comprá-los e como a Ferrari que será leiloada no mês que vem teve seu lance inicial estabelecido em US$ 45 milhões (R$ 169 milhões), é provável que a de Monteverde também tenha seu valor de mercado beneficiado por tabela em razão do zum-zum-zum que o negócio certamente vai gerar, o que explica o interesse dele no assunto.
A Ferrari fabricou apenas 36 supercarros do tipo entre 1962 e 1964, e essas pouquíssimas 250 GTOs acabaram se tornando ícones do universo das quatro rodas, ao ponto de serem apelidadas de “Santo Graal” por especialistas. E a que será oferecida pela Sotheby’s é ainda mais especial, já que seu primeiro dono foi o campeão das pistas italiano Edoardo Lualdi-Gabardi, sem falar que Gianni Bulgari, da família fundadora da marca de relógios e joias, também a pilotou durante vários anos. (Por Anderson Antunes)