O processo que Lisa Marie Presley move nos Estados Unidos contra um ex-agente financeiro ganhou ares de novela nesta semana. Ou melhor: de “talent show”, já que documentos da ação obtidos pelo jornal britânico “Daily Mail” apontam que boa parte dos US$ 100 milhões (R$ 378,3 milhões) que ela herdou de Elvis Presley foram investidos pelo acusado, o empresário Barry Siegel, na Core Entertainment, responsável pela produção do mega-sucesso “American Idol”.
O problema é que a empresa foi à bancarrota em 2016, logo depois que a atração teve seu fim anunciado (“Idol” voltou à programação da TV americana em março, desta vez sob a batuta da 19 Entertainment) e, com isso, o dinheiro de Lisa se evaporou. Além disso, a única filha de Priscilla Presley e do rei do rock acusa o ex-gestor de má fé e abuso de poder econômico, já que ele retirava de seu trust fund mais de US$ 700 mil (R$ 2,65 milhões) por ano a título de salário, quase a metade dos rendimentos da patroa.
Quando o imbróglio chegou aos tribunais no fim do ano passado, Lisa afirmou na época que tinha apenas US$ 14 mil (R$ 53 mil) na conta e devia mais de US$ 500 mil (R$ 1,89 milhão) no cartão de crédito. A cantora também assumiu uma dívida de mais de US$ 7 milhões (R$ 26,5 milhões) com o fisco americano, que seria resultado da negligência de Siegel – ele não declarou o imposto de renda dela em sucessivos anos e ao invés disso se apropriou de US$ 9 milhões (R$ 34 milhões) para comprar uma mansão.
Siegel, por sua vez, nega todas as acusações. Por meio de seus advogados, ele garantiu recentemente que está sendo vítima de perseguição e até disse que Lisa está descontando nele as agruras que sofreu no conturbado divórcio do quatro marido, Michael Lockwood, que lhe pediu pensão de US$ 40 mil (R$ 151,3 mil) mensais. O agora réu também a processa por calúnia e difamação e exige na justiça uma indenização de US$ 800 mil (R$ 3 milhões) por danos morais e materiais. (Por Anderson Antunes)