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Fernanda Torres || Créditos: Juliana Rezende
Fernanda Torres || Créditos: Juliana Rezende
Fernanda Torres || Créditos: Juliana Rezende

Glamurama foi bater um papo com Fernanda Torres e aproveitou para puxar vários assuntos: a repercussão do personagem da mãe dela, Fernanda Montenegro, que vive um relacionamento com Nathalia Timberg em “Babilônia”, a violência no Rio e o fato de seu carro blindado ter protegido sua família de tiros em uma tentativa de assalto, o fim de “Tapas e Beijos” e a possibilidade de ela voltar a fazer novela… Vem ler! (por Michelle Licory)

Fernanda + Nathalia

“Mamãe é incrível! Está acelerando… Eu falo pra ela: você é o homem da relação. Não sei bem se a questão polêmica é o beijo em si. A sociedade está mudando, mas ainda existe um lado superconservador que é legítimo e também merece ser ouvido. As pessoas estão chocadas com a realidade do país, querendo esperança. Homofobia não ser crime é uma loucura…”

A amante

Sobre Fátima, seu papel em “Tapas e Beijos”, que vai ganhar sua última temporada… “A gente temia no começo que o telespectador não fosse aceitar uma personagem amante, então a Fátima sempre sofria nos episódios [pra causar empatia]. Mas o povo perdoou a amante. Na temporada passada, ela até casou com o Armani [Vladimir Brichta]. Nesta última, ele, que sempre foi ‘o cara’, agora é um homem em dificuldades financeiras… É uma inversão de papeis. Adoro séries. Eu era fã de ‘Seinfeld’. Adoro ‘Breaking Bad’ e ‘House of Cards’, mas não são sitcoms… Fico nervosa porque vicia muito, e não tenho esse tempo.”

“E agora, José?”

“Não faço novela há tantos anos… Mas gosto de trabalhar. Se vier algo… Mas ainda não tenho ideia. Sou contratada por obra. Adoro o formato da novela das onze, mais curta, mas aceito qualquer coisa.” Sobre o projeto de um filme de terror, ‘O Juízo’, que se passa em Minas e mistura ouro com espíritos, ela confessa: “Estou no meio da lama, no pântano. Escrevi a história e entreguei para o Andrucha [Waddington, cineasta e marido dela]. Ele vai dirigir, claro, mas ainda não definimos nada. Adoraria escrever outro livro, tenho algumas coisas anotadas, mas não sei se pode servir. Pra fazer roteiro de TV, ainda tenho que aprender muito. No teatro, pode ser que a gente monte um texto do Machado de Assis. Passei um ano muito burra, com os neurônios a meio palmo. Agora que a coisa está andando.”

Blindada

“Violência é desesperador. É o lado desumano do Brasil. Andar na rua com medo… Escuto pessoas falando que vão parar de estudar porque precisam que as aulas sejam à noite e não conseguem voltar pra casa em segurança. Meu filho mais velho está começando a andar sozinho e quero mesmo que ele ande, mas… Eu blindei meu carro porque fui deixar meu filho na escola e vi um caveirão do lado. E o blindado salvou minha vida [em uma tentativa de assalto com toda a família no carro no meio do ano passado]. Ou poderia ter acontecido o que aconteceu com a dona do restaurante Guima’s [vitima de latrocínio na zona sul carioca]. Está rolando uma onda de violência pesada depois das UPPs [Unidade de Polícia Pacificadora]. Isso, com a crise que estamos vivendo, piorou, já que as pessoas não tem perspectivas de trabalho e futuro.”

Multifunção

“É um contrato muito pesado o da mulher: ser profissional, mãe, mulher. O homem é capaz de desligar. A mulher não desliga das responsabilidades da maternidade. E ainda tem que se manter atraente.”

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