Nesta sexta-feira, a grande dama do teatro e TV nos dará o prazer de suas palavras sábias no Conversa com Bial, para encerrar a semana em grande estilo. No ano em que a televisão celebra 70 anos no Brasil, Fernanda Montenegro comemora seus 70 anos na TV. Ela conta ter sido a primeira atriz contratada de TV no Rio de Janeiro, e lembra momentos e parcerias marcantes de sua longa e bem sucedida trajetória. Entre outros assuntos, fala também sobre o especial de Natal ‘Gilda, Lúcia e o Bode’, que a Globo vai exibir no dia 25 de dezembro, e sobre como é contracenar com a filha Fernanda Torres.
Mãe e filha estiveram juntas na série ‘Amor e Sorte’, em setembro, e retornam em um episódio inédito e independente, que será exibido como especial de fim de ano. Fernanda compara as gravações dos dois episódios, feitos em momentos diferentes da quarentena. “A primeira foi uma viagem de experimentos. Agora não. Agora tivemos acho que 15 técnicos em quarentena. Foram duas semanas de muitas horas de trabalho por dia. O roteiro já definido, o elenco ampliado e agora estamos esperando o resultado”, diz ela, que compara o trabalho ao de um atleta: “Desde que você esteja, em primeiro lugar, fazendo o que ama fazer, é como um esporte: requer seu físico. Tem uma hora em que a disponibilidade do fazer te domina, é como o barato de uma droga”. E ainda fala como é contracenar com a própria filha: “Acho que nós esquecemos que somos mãe e filha. É o trabalho de uma profissional, de uma artista, com quem eu estou contracenando”.
Depois de um ano atribulado em que celebrou seus 90 anos, com lançamento de livro e viagens para lançar dois filmes no cinema, além de leituras de Nelson Rodrigues no teatro, Fernanda revela ter começado 2020 sem muitos planos, mas sem imaginar “a tragédia”, em suas palavras, que se anunciaria com a pandemia: “Foi um ano muito especial na minha vida esses meus 90 anos. Nunca pensei num ano fazer tanta coisa, tanto trabalho. Quer no cinema, quer na televisão e no teatro, principalmente, com Nelson Rodrigues. Não esperava o volume que foi. No fim do ano passado estava esgotada de emoção”, revela a musa da dramaturgia que não imaginava que 2020 seria um ano tão atípico.
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