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Grupo Globo
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Demitir figurões de seu elenco estrelado que pareciam intocáveis, abrir mão dos direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro de futebol e abrir espaço para que profissionais experientes assumissem a gestão de seus negócios fez muito bem ao Grupo Globo em 2022. Conforme consta no balanço auditado pela consultoria americana Ernst & Young, e publicado nessa segunda-feira, 28, no Diário Oficial do Rio de Janeiro, o maior conglomerado de mídia da América registou um faturamento de R$ 15,1 bilhões no ano passado, quase 7% superior ao informado nas demonstrações financeiras do período imediatamente anterior, e ainda reverteu o prejuízo de R$ 173,9 milhões que teve em 2021 – o primeiro resultado vermelho em seus quase 100 anos de existência – para um lucro robusto de R$ 1,25 bilhão.

Longe de sua tão comentada falência no submundo das redes sociais dominado por fake news, a gigante brasileira também conseguiu aumentar os valores que mantém em caixa e equivalentes de caixa, além de seus investimentos em títulos e valores mobiliários. Tudo somado, a cada vez mais “media tech” que pertence aos irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho está sentada em confortáveis R$ 14,6 bilhões que evidenciam sua saúde financeira mais forte do que nunca.

Sua maior vitrine continua sendo a TV Globo, mas seu negócio mais próspero é o Globoplay, o serviço de streaming que mais cresce no mundo proporcionalmente e representa cada vez bilhões em suas receitas anuais. Estimativas de mercado apontam que o maior concorrente da Netflix no Brasil já tem receita na casa dos R$ 3 bilhões a cada doze meses, cifra suficiente para torná-lo a segunda maior empresa de comunicação do Brasil atrás apenas da própria Globo, e bem acima da Record e do SBT. Esse número portentoso, no entanto, nunca foi confirmado oficialmente, assim como os estimados quase 30 milhões de assinantes que o Globoplay supostamente teria.

Em suas notas explicativas do resultado recém-publicado, a Globo deixa bem claro que vê no novo e próspero negócio a garantiria de que manterá a liderança que há décadas ocupa na indústria de entretenimento do Brasil por muitos anos ainda. Ou pelo menos até 2030, a próxima década para a qual já tem inúmeras estratégias traçadas. Com bilhões em caixa, aplicações que lhe rendem juros multimilionários e em dólares, endividamento total sob controle e gerida por profissionais, a torcida dos que torcem por sua bancarrota que mais soa como lenda urbana perde força, ainda mais diante dos 100 milhões de brasileiros que continuam acompanhado todos os dias os conteúdos disponibilizados nas telinhas e telonas do plim-plim.

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