Por Denise Meira do Amaral
Fátima Bernardes nem parece a mesma mulher. Há dois anos na frente de seu matinal “Encontro”, depois de passar 14 anos no “Jornal Nacional”, ela mudou e muito o seu estilo. A jornalista explicou que, agora, looks coloridos e cheios de acessórios pode. “No ‘Encontro’ eu pude me soltar mais nas estampas e nas listras. Sou uma pessoa naturalmente mais enfeitada, gosto de usar roupas com pouca informação e valorizar mais os acessórios”, revelou. À entrevista!
Como foi a reformulação do seu figurino? Você faz parte da escolha?
Toda a elaboração do figurino tinha a ver com o próprio conteúdo do programa, que é pela manhã, tem humor, música e jornalismo. Não dava para cair só para um lado ou para outro. Então fomos estudando, de preferência, coisas que parecessem comigo. Mesmo quando eu fazia o “Jornal Nacional”, os paletós e as camisas já eram as que mais se pareciam com o meu jeito e que se encaixavam naquele tipo de produto. A mesma coisa aconteceu agora. Sempre tive muita liberdade para opinar no que iria usar. Só que no “Encontro” eu pude soltar mais nas estampas e nas listras. Eu sou uma pessoa naturalmente mais enfeitada, gosto de usar roupas com pouca informação e valorizar mais os acessórios. No “Jornal Nacional”, as pulseiras ficavam embaixo do paletó e até apareciam um pouco. Mas agora as pessoas puderam ver o tipo de sapato que eu uso e outras coisas que antes ficavam embaixo da bancada.
E no seu dia a dia? O que gosta de vestir?
Tenho um estilo mais clean, feminino e prático, nada rebuscado. Tudo o que eu uso no programa eu uso no meu final de semana, a não ser as camisas mais sociais e calças de alfaiataria, que eu deixo para usar no programa. Gosto muito de vestido, jeans e até jeans colorido. Me vendo no programa, você vê o meu estilo, só que um pouco mais sério.
Qual o seu interesse pelo universo da moda?
Adoro ler sobre moda, mas sou uma pessoa criteriosa para adotar tendências. Temos que saber o que fica bem na gente, prefiro ousar em um acessório e manter o que fica mais bacana em mim. As peças que uso no programa são as que ficam bem em mim, os jeans que eu uso no “Encontro”, geralmente, são os mesmos que eu tenho na minha casa. Procuramos agregar esse tipo de informação e às vezes acabo descobrindo também no programa alguma coisa que eu não tinha experimentado antes e que fica legal, que funciona.
Qual é a sua avaliação após dois anos do programa?
É positiva porque a gente vê que hoje as pessoas entendem o que é o programa. E que ele pode, a qualquer momento, virar extremamente jornalístico. Mas que está ali para divertir, entreter e também informar. Buscando sempre um pé na atualidade, para trazer as discussões para dentro do palco, sem perder contato com as pessoas e com o público, oferecendo nos assuntos mais tensos às vezes até uma vertente para o humor e dando também espaço para música dos mais variados estilos. Hoje, a avaliação é muito positiva, mas ela é pontual, de hoje. A partir de amanhã tenho que pensar em outra coisa, a gente tem que estar sempre mudando.
Você se sente mais leve fazendo um programa de entretenimento?
Por um lado me sinto mais leve, mas, por outro, muito preocupada porque trata-se de um programa de uma hora e vinte no ar e qualquer coisa que acontecer, de qualquer área, e eu posso precisar abordar. Tudo pode mudar. Por outro lado, faz com que eu esteja sempre muito antenada com tudo o que está acontecendo, como já era antes, quando fazia só jornalismo.
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