Prestes a ser lançado nos Estados Unidos, o aguardadíssimo próximo filme da franquia de comédia “Borat” corre o risco de ter sua estreia adiada por conta de um problema legal. É que a família de uma sobrevivente do Holocausto que morreu recentemente no país, e que gravou uma ponta no longa estrelado por Sacha Baron Cohen em janeiro, decidiu interpelar judicialmente os produtores da fita a fim de forçá-los a cortar as cenas em que ela aparece.
Entrevistada no começo do ano por Cohen, então caracterizado como seu personagem mais famoso, em uma sinagoga do ultraconservador estado americano da Geórgia, Judith Dim Evans acreditou na ocasião estar participando de um documentário, mas ficou irritada quando eventualmente descobriu que na verdade havia contribuído para um mocumentário (um doc satírico), o que de acordo com seus parentes a teria deixado “horrorizada”.
Ainda em vida, Evans expressou seu interesse em processar Cohen e equipe pelo que considerou ser uma humilhação, mas não teve tempo de agir nesse sentido. Mas agora a filha dela resolveu buscar justiça em seu nome, e nessa semana deu entrada em uma ação em um tribunal de Atlanta, capital da Geórgia, na qual pede uma indenização de US$ 75 mil (R$ 421,9 mil) por danos morais e que as imagens de sua mãe sejam retiradas da produção.
Intitulado “Borat – Um Presente de Macaco Pornográfico para o Vice-presidente Mikhael Pence em Benefício da Nação Recentemente Diminuída do Cazaquistão”, a continuação do hit que estreou nos cinemas há 13 anos e faturou mais de US$ 262,6 milhões (R$ 1,48 bilhão) nas bilheterias internacionais dessa vez deverá estrear na Amazon Prime e, salvo qualquer possível proibição, a princípio no dia 23 desse mês. (Por Anderson Antunes)