Creditado por transformar a Disney na maior empresa de mídia do mundo durante os 16 anos em que a comandou, Bob Iger se rendeu ao metaverso. O executivo de 71, cuja autobiografia “A Corrida de Uma Vida Inteira”, lançada há três anos, ainda aparece nas listas dos livros mais vendidos dos Estados Unidos, revelou que se tornou um investidor e membro do conselho da Genies.
A empresa com sede em Los Angeles cria avatares digitais e itens utilizáveis e é bastante popular entre as celebridades que já possuem seus avatares – Jennifer Lopez, Rihanna e Lil Nas X, só para citar os mais mais.
De fato, a Genies praticamente domina o segmento de metaverso das empresas de tecnologia dos EUA atualmente. Além de seus clientes famosos, também mantém parcerias com gigantes da indústria do entretenimento, como o Universal Music Group e o Warner Music Group, para os quais também produz NFTs (tokens não fungíveis, na sigla em inglês).
Iger, que também já tem seu avatar, comandou a Disney como CEO e foi presidente do conselho da empresa entre 2005 e 2020, período em que orquestrou as compras da Pixar (em 2006, por US$ 7,4 bilhões/R$ 38 bilhões), da Marvel Entertainment (em 2009, por US$ 4 bilhões/R$ 20,5 bilhões), da Lucasfilm (em 2012, por US$ 4,06 bilhões/R$ 20,9 bilhões) e da 21st Century Fox (em 2019, por US$ 71,3 bilhões/R$ 366,3 milhões), além do lançamento do Disney+.
Não fosse por ele, garantem especialistas, é bastante provável que a Disney tivesse perdido a corrida para a concorrência e poderia ter sido “engolida” pela Fox ao invés de assumir o controle dos estúdios de Rupert Murdoch, como aconteceu.