Que Angelina Jolie é do tipo femme fatale, todo mundo sabe. Mas para um ex-membro do Tribunal Penal Internacional (TPI), a atriz já chegou a reunir os atributos necessários para derrubar até mesmo Joseph Kony, um perigoso guerrilheiro e criminoso de guerra ugandês. É que informações sobre um plano para prender Kony elaborado há mais ou menos cinco anos e detalhadas em um processo que corre na entidade sediada em Haia, na Holanda, foram obtidas pelo site francês “Mediapart”, que as publicou no fim de semana, e dão conta de que o advogado argentino e e-procurador-chefe do TPI Luis Moreno Ocampo cogitou recrutar a atriz para usá-la como “isca” na tentativa de atrair o líder foragido do Lord’s Resistance Army, que usa violência para tentar estabelecer um governo teocrático em Uganda.
Na época, claro, Angie ainda vivia com Brad Pitt, e até o ator quase entrou na jogada, que contaria ainda com a participação de forças especias norte-americanas. Em e-mails trocados entre Ocampo e aliados, o advogado sugeriu que a vencedora do prêmio humanitário Jean Hersholt, que ela recebeu em 2013 da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, poderia convidar Kony para um jantar de mentirinha a fim de capturá-lo, mas o esquema nunca saiu do papel.
“Esqueçam outras celebridades, ela é a pessoa certa”, Ocampo escreveu em uma das mensagens, apesar de ter tentado contato com outros famosos engajados como George Clooney e Sean Penn. Descrito como “polêmico” pelos colegas, Ocampo desenvolveu uma espécie de fixação por Angie, como apontam os vazamentos, e enviou vários e-mails para ela com conteúdo nem um pouco diplomático. “Não sabia que a amava tanto”, ele escreveu certa vez. A resposta, nesse caso, veio da assessora da estrela: “Querido Sr. Ocampo, a Sra. Angelina Jolie não usa mais este endereço eletrônico”. Eita! (Por Anderson Antunes)
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