É sabido entre antigos militantes do PT que o fantasma de bens e posses de Lula já inquietou e incomodou muitos petistas. Numa conversa informal há poucos dias, um ex-filiado refletia sobre os casos atuais, do triplex no Guarujá e do sítio em Atibaia, e se lembrou da “casa do Morumbi”. Os tempos eram de greve no ABC Paulista, o PT acabara de se estabelecer como partido. Lula já mostrava sua influência e penetrava em círculos de poder. O pessoal que panfletava nas portas de fábricas ouvia rumores de que Lula tinha uma enorme mansão no Morumbi, e eram todos do partido uns tolos. Certo dia, esse então petista não se conteve. Pegou as chaves de seu carro e as deu ao companheiro de partido que insuflava a rebelião da base. “Chega. Me leva lá. Quero ver.” Ver o que, perguntou o outro. “A casa do Morumbi.” O carro não saiu do lugar, mas o episódio explica atitudes tomadas por Lula depois, recordou. “Ele nunca quis colocar imóveis no nome dele. Veja só os favores que recebeu do Roberto Teixeira”, concluiu o ex-petista. (Por Malu Delgado)
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