Ex-CEO e atual presidente do conselho de administração da The Walt Disney Company, a maior empresa de mídia do mundo, Bob Iger vai abrir mão do salário a que teria direito pelos serviços que prestou no ano passado para a gigante americana em virtude da pandemia de Covid-19 nos Estados Unidos, e para evitar demissões de seus subordinados. Em 2019, Iger embolsou US$ 3 milhões (R$ 15,5 milhões) em vencimentos fixos, e o valor total de US$ 47,5 milhões R$ 246,3 milhões) quando considerados os bônus e opções de ações pagos a ele. Apenas a primeira cifra corresponde ao que o executivo deixará de receber.
Iger deixou o comando da Disney no fim de fevereiro, e meio que às pressas, depois de se envolver em algumas polêmicas. Uma delas girava em torno justamente dos ganhos dele, que aumentaram consideravelmente anos após ano e em um ritmo bem mais acelerado do que o observado por funcionários do “baixo escalão” da companhia fundada pelo lendário Walt Disney.
Assim como praticamente todas as suas concorrentes nos EUA e também em outros países, a Disney deverá perder grandes somas por conta da crise do novo coronavírus, e apenas o fechamento de seus parques deverá lhe custar algo em torno de US$ 350 mil (R$ 1,81 milhão) por dia. Somados os cancelamentos de gravações de séries e filmes, o prejuízo total poderá chegar a US$ 500 milhões (R$ 2,59 bilhões) só nesse ano. (Por Anderson Antunes)