Terminou na última quarta-feira o prazo para que todas as empresas e órgãos públicos do Reino Unido com mais de 250 funcionários registrados reportassem às autoridades os dados referentes aos salários dos homens e mulheres que empregam. A iniciativa começou a tomar forma há um ano, bem antes do estouro de empoderamento que se viu na mídia a partir de outubro por causa de movimentos como o #MeToo e o “Time’s Up”, ambos oriundos de Hollywood. Mais de 9 mil companhias já aderiram.
O objetivo, é claro, é evidenciar as diferenças em folha no que diz respeito aos pagamentos de profissionais de diferentes sexos, sobretudo em se tratando daqueles ocupando as mesmas funções – na terra da rainha Elizabeth II, essa diferença remuneratória é ilegal desde 1970, porém a regra nem sempre é seguida à risca. Outros fatores, como o acesso de mulheres a cargos de chefia e as médias gerais de salários pagos a homens e mulheres também serão analisados.
A grande novidade do levantamento em massa até agora foi, na verdade, uma provocação feita pelo “The Guardian”: com base nos dados já entregues, que são públicos, o jornal inglês usou os altos e baixos salariais para elaborar uma lista paralela na qual aponta os dias que as mulheres de certas grandes empresas trabalham de graça durante boa parte do ano quando têm seus ganhos comparados aos dos homens. O resultado: 7.795 empresas, das mais de 9 mil, ainda pagam melhor seus empregados homens. (Por Anderson Antunes)
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