Emilio Dantas está feliz da vida. Vai ser protagonista de horário nobre em “Segundo Sol”, cantando – sua grande paixão – e ao lado da namorada, Fabiula Nascimento – que ele ama “plenamente”. O personagem? Beto Falcão, um cantor de axé de um hit só já decadente que descobre que vale mais morto do que vivo e decide lucrar com isso, deixando os fãs acreditarem que o perderam. E esse é o mocinho, viu? Coisas de João Emanuel Carneiro, autor da novela, que vai substituir “O Outro Lado do Paraíso”.
“Primeiro que a gente pira, segundo que perde tempo”
Está preparado para ficar sob os holofotes que um papel desse trazem? “Não estou preocupado, não. Sim, acontece de ficar mais em evidência, mas não aconteceu ainda. Na verdade, ser protagonista é ralação. Estou preocupado é se vou passar credibilidade, se essa historinha vai ser bem contada, se os baianos vão aceitar meu sotaque, curtir a música. Se eu abrir espaço pra esse lugar, primeiro que a gente pira, segundo que perde tempo de fazer um trabalho bom…”
De Backstreet Boys a James Brown
Perguntamos se Emilio, que ganhou reconhecimento depois de interpretar Cazuza no teatro, está animado por voltar a cantar em cena. “Tem sido divertidíssimo. Onde tem música, me sinto mais confortável. Eu ficava torcendo para reviver isso, misturar música com interpretação, independente de passar na TV ou não. Só quem teve banda sabe do que estou falando. A minha era banda de moleque, ia de Backstreet Boys a James Brown. Nela eu cantava e tocava sax e gaita…”
Usou e abusou
Será que o Beto Falcão tem talento mesmo? “Acho que ele quer ter essa segunda chance. É um cara de um hit só que usou e abusou desse destaque, mas que gostaria de se recolocar na carreira para fazer as pazes com a música. Não sei, na verdade, se foi só sorte ter feito sucesso com a tal canção ou se ele realmente é um artista e precisa disso pra ser feliz”.
“Vai ter um rebolado”
Como tem sido as gravações? “Antes gosto de desenhar as cenas, decupar tudo, trazer coisas minhas… Mas na hora de gravar sou até meio desleixado, nada perfeccionista”. E o Beto tem toda uma malemolência para dançar, né? “Fizemos uma preparação com um coreógrafo da Bahia. Ele arrancou meu couro nos ensaios. Vai ter rebolado, com certeza”.
“Eu tentava fazer com sabão de coco em casa”
Sobre os dreads da primeira fase do personagem… “Ah, é peruca. Sempre quis ter, desde moleque. Eu tentava fazer com sabão de coco em casa, minha mãe falava que estava ridículo… Então fiz questão de colocar mesmo os dreads e fiquei um mês e meio assim, curti muito, mas depois tive que tirar. Era inviável para gravar as diferentes fases da história”.
“Descobri que estava no caminho certo quando a conheci”
Karola, papel de Deborah Secco, jura que ama Beto de verdade, mas o trai com o cunhado e ainda arma pra cima dele. Dá pra amar assim, Emilio? “Depende do que você ama… Se ama a pessoa ou o momento que você vive com aquela pessoa ou o status que aquela pessoa te dá. As pessoas estão aí pra amar. E amam diversas coisas”. E como Emilio ama Fabiula? “Plenamente. Descobri que estava no caminho certo quando a conheci”.
“Somos doentes mentais”
Os dois são colegas de elenco na novela. “A gente só fez uma ceninha juntos por enquanto, mas sempre fui muito fã e agora tenho chance de me meter no trabalho dela. Sempre passamos o texto juntos. Nós somos doentes mentais de estudar, aquela doencinha de ator. Dou dicas pra ela e não tem briga nem estresse. É só alegria”. (por Michelle Licory)
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