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Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix || Créditos: Getty Images
Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix || Créditos: Getty Images

Maior festival do mundo quando o assunto é a divulgação de novas filmes, o Festival Internacional de Cannes deste ano não terá projetos da Netflix em sua seleção A decisão, anunciada nesta quinta-feira, é inédita e engloba todos os longas que não poderão ser exibidos nos cinemas da França em um determinado período e representa um banho de água fria para a gigante do streaming, que espera poder cada vez mais competir de igual para igual com a telona e tem investido bilhões nisso.

Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix, chegou até a divulgar uma nota para protestar. “Queremos que nossos filmes estejam em pé de igualdade com os demais. Se existe o risco de nossos filmes e de nossos cineastas receberem um tratamento desrespeitoso no festival, acredito que o melhor é abrirmos mão de estar lá”, o executivo disse na nota, que concluiu em tom mais amistoso, propondo uma revisão de regras.

No ano passado, a empresa americana concorreu em Cannes com o drama de ficção científica sul-coreano “Ojka” e com a comédia dramática “Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”, e na época foi criticada por não liberar as produções para os cinemas franceses a fim de não atrasar o lançamento para seus assinantes, já que no país do presidente Emmanuel Macron os filmes só podem ser lançados em plataformas de streaming 36 meses depois de chegarem às salas de cinema.

Coincidência ou não, há algumas semanas Steven Spielberg deu o que falar quando declarou que os filmes da Netflix não deveriam concorrer ao Oscar, uma vez que ficam no máximo uma semana em exibição nos cinemas, o suficiente para garantir indicações em grandes premiações, e portanto não passam de “filmes para a TV”. Vindo de um dos homens mais influentes da indústria cinematográfica mundial, foi um puxão de orelha e tanto. (Por Anderson Antunes)

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