Steven Spielberg e Ted Sarandos, o diretor de conteúdo da Netflix que só manda menos que o CEO Reed Hastings na hierarquia da empresa, foram vistos almoçando juntos nessa semana no restaurante do San Vicente Bungalows, um dos hotéis mais exclusivos de Los Angeles. E o encontro dos dois bambambãs de Hollywood está sendo interpretado como o começo de uma possível trégua entre eles, já que o diretor de “Tubarão” e outros clássicos da telona tem feito forte campanha para que os longas da gigante do streaming e de suas concorrentes não concorram a Oscars e outros prêmios importantes da indústria de entretenimento, como querem Sarandos e companhia.
Há algumas semanas, Spielberg até declarou em uma entrevista que deu nos Estados Unidos que produções feitas sob medida para serem exibidas em salas de cinema mundo afora não deveriam competir de igual para igual com aquelas disponibilizadas sem muita pompa em plataformas como a Netflix, e que na visão dele não seriam merecedoras de serem classificadas como filmes originais.
A polêmica ganhou ainda mais destaque na indústria americana de entretenimento desde a última temporada de premiações, durante a qual um dos maiores destaques foi “Roma”, filme produzido pela Netflix e dirigido pelo mexicano Alfonso Cuarón, que levou três Oscars. E isso sem falar que um dos lançamentos mais aguardados desse ano no universo da sétima arte é o drama criminal “O Irlandês”, de Martin Scorsese, que a Netflix pretende lançar em dezembro a tempo de poder entrar na corrida pela principais estatuetas da Academia e suas equivalentes em 2020. (Por Anderson Antunes)
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