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Gringo Cardia é um artista completo: atua como cenógrafo, designer, cenógrafo, arquiteto, diretor artístico, diretor de vídeos, teatro, ópera e moda, criador de diversos shows, curador de museus e muito mais… ufa, haja fôlego, e talento. E isso ele tem de sobra. Além de desenvolver inúmeros trabalhos nessas áreas, o gaúcho também se ocupa de solidariedade. Não por acaso Joyce Pascowitch convidou Gringo para um papo cheio de insights, criatividade e olhar sobre o outro.

Gringo e atriz Marisa Orth há 20 anos comandam a ONG Spectaculu, no Rio de Janeiro, projeto criado para facilitar o acesso de jovens das periferias à arte por meio de uma escola de formação e tecnologia. Ele contou como surgiu essa ideia: “Eu e Marisa fizemos uma viagem a Índia, há 20 anos. Ela ficou chocada com a pobreza na rua e a gente teve um papo sobre isso, que também é uma realidade no Brasil. Decidimos fazer alguma coisa para ajudar socialmente e então pensamos: ‘Vamos fazer uma escola na área que a gente trabalha para dar acesso à arte para os jovens, com cursos de montagem de cenário, adereços de cena, iluminação cênica, contrarregragem…”

Ele avalia que a missão do ser humano é ser solidário: “A gente não veio nessa encarnação para passar férias, viemos para quebrar pedra e fazer algo para melhorar. A dificuldade faz parte da existência”. E desde quando descobriu essa vocação? “Um professor da minha escola primária, no interior do Paraná, me viu desenhando, chamou meu pai e disse que eu era um artista. Ele foi maravilhoso! Meu pai não podia me colocar numa escola de arte e esse professor me colocou em uma junto com as filhas dele quando eu tinha 10 anos. Fiquei lá uns três anos e comecei a me sentir artista. Esse professor foi uma luz na minha vida. Há 20 anos pensei que tinha que fazer o mesmo com outras pessoas.”

Gringo também falou sobre o papel do artista: “Quando você é um artista visual, sabe observar. Traduzimos coisas que já vimos e sobre a existência de uma maneira lúdica. Cada um com sua interpretação vai dar um sentido e poder refletir sobre si mesmo e sobre as coisas.”

O papo completo você confere abaixo. Play!

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