Não é à toa que Mônica Martelli sabe falar tão bem de relacionamentos amorosos – ou a falta deles. Afinal, quem já pagou o mico de ganhar um boneco do Cascão do paquera, só usou rasteira para segurar um namoro ou estrelou uma peça de teatro sobre o tema vista por mais de 2,5 milhões de pessoas? Só ela! No mês em que volta aos palcos como Fernanda na continuação de Os Homens São de Marte… e É pra Lá que Eu Vou, Mônica fala sem dramas sobre o assunto que nunca se esgota e entrega até onde iria por um homem: “Até onde ele está.”
J.P: A pior cantada?
MM: A pior foi de um cara que me mandou um boneco do Cascão. Podia ter sido o Cebolinha, mas o Cascão não toma banho.
J.P: Aonde iria por um homem?
MM: Até onde ele está.
J.P: O que já fez e não faria mais por um amor?
MM: Usar rasteira. Agora só no salto.
J.P: É mais difícil entender as mulheres ou os homens?
MM: Fácil é entender pessoas inteligentes e abertas para o diálogo, seja homem ou mulher.
J.P: A fórmula do casamento perfeito?
MM: Ajustar as expectativas. Entender que mudamos com o tempo.
J.P: Como são os homens da Terra? E se eles fossem de Vênus e não de Marte?
MM: Os da Terra são os possíveis. Se viessem de Vênus talvez fossem melhores, mais femininos e menos machistas.
J.P: O que a peça te ensinou?
MM: Que os dramas amorosos são universais e atemporais e que a gente tem de colocar verdade no trabalho. Não é preciso se preocupar em ser original e, sim, em ser verdadeiro com você.
J.P: Como identificou o momento de voltar aos palcos com a Fernanda?
MM: Precisei de cinco anos separada para falar de casamento, traição e separação com
distanciamento.
J.P: Qual conselho daria para a Fernanda e vice-versa?
MM: O mesmo: tudo passa, vá em frente!
J.P: Uma saia justa.
MM: Entrar numa van vestida de tartaruga no início da carreira.
J.P: Momento de loucura?
MM: Agora. Quase estreando Minha Vida em Marte. A peça nova.
J.P: Por que os relacionamentos são fonte inesgotável de assunto?
MM: Porque na vida a gente pode ser feliz sozinha, mas com um amor é definitivamente melhor. Amadurecemos e crescemos nos relacionando.
J.P: O que te faz brochar?
MM: Grosseria.
J.P: O que uma mulher não pode fazer?
MM: Nada. Não existe nada que uma mulher não possa fazer.
J.P: Empoderamento é?
MM: Autoconhecimento. Não ter medo.
J.P: Momento de mau humor.
MM: Quando estou com fome.
J.P: Como superar um abuso?
MM: Falando sobre ele.
J.P: A vida pós-filha.
MM: Amor, culpa, dúvidas e muita gratidão por ter recebido minha filha aos 40 anos.
J.P: Os 50 são os novos 30?
MM: Estou na fé, vou fazer 49 apostando nessa. Hoje a gente vive mais, temos de nos reinventar. Aos 50 você pode recomeçar a vida.
J.P: Como acha que estará o mundo quando sua filha for adulta?
MM: Espero que com mais liberdade e respeito às mulheres.
J.P: O que não sai da sua cabeça?
MM: Se mando WhatsApp pra ele agora ou espero ele mandar. Que inferno esse início de relação.
J.P: Como controlar a inveja por ser alta, magra e talentosa?
MM: Quem tem de controlar são os invejosos. Já tentei ser mais baixa, mas não consegui (risos)!
J.P: Uma frustração.
MM: Queria cozinhar melhor.
J.P: Qual o seu vício?
MM: Tomar Nescau antes de dormir.
J.P: Quem gostaria de ser?
MM: Um zen-budista. Só para saber qual é a sensação de uma pessoa que não tem ansiedade.
J.P: Um talento escondido.
MM: Fazer trança embutida.