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Taís Araújo em live com Joyce Pascowitch // Reprodução

Em live comandada por Joyce Pascowitch, Taís Araújo falou como tem sido seus dias e o que tem feito em tempos de pandemia. Engajada em diversas frentes desde sempre, agora tem focado seu tempo em ações de ajuda às pessoas desassistidas diante dos problemas decorrentes da Covid-19. E na família também, claro. A atriz e o marido, Lázaro Ramos, dispensaram os funcionários que trabalhavam na casa e estão realmente sozinhos com os filhos, João Vicente, de 8 anos, e Maria Antônia, de 5. Uma realidade nova para muitos pais que trabalham fora e acabam não participando da rotina diária. Abaixo, alguns trechos desse papo ótimo:

Família, família…

“Uma coisa boa em meio a toda essa tragédia que estamos vivendo está sendo repensar as relações com todo mundo, desde as pessoas com quem a gente escolheu pra viver junto, no caso, meu marido, até as pessoas com quem trabalhamos… Tenho feito descobertas diárias com minha família. As crianças falam coisas inacreditáveis, que a gente acaba escutando pouco por causa da correria. São pensamentos tão evoluídos… Eu e Lázaro também temos feito descobertas muito incríveis. Sou a maluca da organização, sou muito impulsiva, atropelo as pessoas… só que tenho que aprender que cada um tem seu tempo. Temos que respeitar o tempo do outro. Tenho aprendido com ele a ter um equilíbrio. Sobre essa convivência excessiva do casal, eu brinco que, quando escolhemos casar, ninguém perguntou se a gente queria ficar 24 horas por dia grudados. Se soubéssemos talvez teríamos repensado isso (rs). A real é que vai ter treta, desentendimento, mas também reconhecimentos importantes, e o melhor de tudo, vão ter ajustes. Aqueles ajustes que a gente vai jogando pra debaixo do tapete por não ter tempo de discutir e finalmente temos chance de olhar pra eles.”

Tempo para namorar?

“Ah, namorar fica pra depois (rs). Criança demanda muito. E os horários deles estão meio desregulados. Por outro lado, se a gente não tirar um tempinho nosso, vamos passar o dia inteiro cuidando da demanda dos filhos. E isso não é justo. Temos que mostrar pras crianças que não estamos 100% disponíveis pra eles. O que eu e o Lázaro temos feito, por exemplo, é pegar algum filme ou programa para assistir juntos. Começamos com o Big Brother. Lázaro estava super envolvido e eu não. Aí ele insistiu e comecei a acompanhar também.”

Engajamento

“Fiquei muito mexida com tudo o que está acontecendo por causa da pandemia. Fiz muitas doações, para diferentes instituições – CUFA, Gerando Falcões… É uma coisa que sempre fiz. Também procurei parceiros comerciais para fazer uma campanha para mobilizar a sociedade civil mostrando que doar qualquer valor é importante. Até que apareceu a ideia do Banco BV, que resultou em uma doação muito grande, de R$ 30 milhões. Eles abriram um fundo de doações e botaram 10 milhões. E o restante, a cada 1 real doado, o BV soma mais 1. Narrei o vídeo deles, doei meu cachê, eles duplicaram o valor e inteiraram até chegar a R$ 1 milhão.”

Saudades

“Tenho saudades de tudo. Do meu trabalho, dos meus pais, amigos… sou pé de boi, gosto de trabalhar. Mas estou me sentindo útil, cuidando da minha casa, mobilizando doações. Tenho que me sentir útil sempre. Estou fazendo tudo na rotina da casa, que é diferente do meu dia a dia normal”.

Pós-pandemia

“Acho que a volta vai ser devagar, seguindo protocolos de segurança, desde o trabalho, escolas e tudo o mais. O objetivo é preservar vidas e não expor as pessoas. Estamos com medo do desconhecido. Estou fazendo um curso com a Monja Coen que está me ajudando muito. Tem dias que choro sem parar… É medo do que vai ser da gente, das nossas profissões, do país. Muito preocupada com o que será dos mais vulneráveis. É o que me preocupa muito. A gente fica tentando entender o que vai acontecer e vai criando mais angústia.”

Prazer em ajudar

“Tenho muito prazer de ajudar as pessoas. Na verdade é o prazer da troca. Poder ajudar dá uma sensação incrível. Isso tem que continuar pós-pandemia. Sempre tem gente precisando e temos que manter esse movimento enquanto sociedade. É muito importante potencializar o outro para que apareçam mais possibilidades e oportunidades. Saber que tem gente que não tem escolha, que não tem chance de sonhar, é muito triste. A gente fica no nosso mundinho, cheio de privilégios, e tem que entender que essa não é a vida da maior parte das pessoas. Eu gosto de gente, independente de origem, credo… como Caetano diz ‘gente é pra brilhar’. É potência sempre!”

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