Ele é o cara e ninguém duvida! No auge de seus 57 anos e com um currículo impecável, o ex- presidente Barack Obama desembarcou por aqui para um talk no VTEX Day, que rolou em São Paulo, e de cara conquistou a plateia formada por empresários, estudantes, jornalistas e artistas com sua simpatia, inteligência e bom senso. Ao subir no palco, foi ovacionado de pé pelas cerca de 10 mil pessoas presentes.
As longas e exaustivas horas de espera – já que a imprensa teve que chegar às 9h e Obama só iniciou sua participação por volta de 13h15 – valeram a pena logo de cara graças à carinhosa saudação do convidado ilustre que se declarou fã de carteirinha do Brasil: “Eu amo o Brasil. Uma das minhas coisas preferidas é a música. Costumava colocar Tom Jobim para ouvir com minha mulher Michelle. Mas o que eu mais amo são as pessoas, sua grande diversidade e força”.
Em um papo ‘quase’ informal, o descontraído mas incisivo Obama, que surgiu de terno azul marinho com camisa de colarinho aberto por baixo, seguiu falando do nosso país. Disse que vê um grande potencial no Brasil, que pode ser alcançado por meio de uma educação de boa qualidade. “Nosso impacto é influenciar e encorajar os jovens, dar oportunidades, incentiva-los a se envolverem com as comunidades. Aqui, assim como em outros países, têm muita gente talentosa que não teve uma chance. Se a gente dá aos jovens a mesma oportunidade, alguém vindo da favela pode descobrir a cura do câncer, por exemplo.”
Educação foi claramente o tema central do talk: “Felizmente tive uma ótima educação. Mesmo que minha mãe não tivesse muito dinheiro, ela me ensinou a ser curioso e sempre querer aprender mais. Um dos problemas que a gente encara hoje em dia é que as pessoas querem manter seu conhecimento do jeito que elas acham que é, e não estão abertas a aprender ou mudar de opinião, mesmo baseadas em novos fatos.”
Obama incetiva o olhar crítico para todo o tipo de informação e opinião a fim de expandir o conhecimento: “O que aprendi com a minha educação é a capacidade de analisar a realidade mesmo que ela seja desconfortável. Umas das coisas que mais me preocupo no sistema de educação, seja no Brasil, nos Estados Unidos, ou qualquer outro lugar, é que não se deve apenas fornecer informação aos jovens, mas também estimula-los a analisar criticamente o que recebem’.”
E a evolução tem que vir para todos. Obama cita uma “revolução de valores” e não vê a ajuda aos necessitados como uma forma de caridade, mas sim um ponto imprescindível para o desenvolvimento da economia de um país”. Recado muito bem dado! Nem precisa dizer que Glamurama é fã de Barack Obama. (por Luzara Pinho)
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