Daqui a exatamente um mês, nove produções, boa parte delas independentes, vão competir pelo prêmio mais cobiçado da indústria cinematográfica: o Oscar de Melhor Filme do Ano. Mas no quesito que realmente importa em Hollywood – o número de ingressos que cada uma vendeu – a campeã imbatível desde já é “Dunkirk”. Lançado em julho de 2017, o longa do diretor Christopher Nolan tem pouquíssimas chances de levar a estatueta, mas em compensação é o filme de maior bilheteria entre os que concorrem este ano, com mais de US$ 525,5 milhões (R$ 1,66 bilhão) faturados em todo o mundo desde que estreou.
Por outro lado, o simples fato de ter sido indicado ao principal Oscar pode alavancar as bilheterias de produções menores que, não fosse pelo reconhecimento da Academia, passariam despercebidas do grande público. É o caso de “Phantom Thread”, o possível último filme antes da aposentadoria anunciada no ano passado por Daniel Day-Lewis (ele também concorre a Melhor Ator), que até o momento faturou pouco mais de US$ 11 milhões (R$ 34,8 milhões) nos cinemas americanos mas até o fim do mês deverá dobrar esse valor, em um crescimento próximo dos 100%.
Já do ponto de vista dos atores, estrelar um filme ruim de público mas bom de crítica pode ser um passaporte para os projetos maiores, justamente aqueles que atraem grandes audiências e costumam ser esnobados nas principais premiações – e que são desejados porque pagam os melhores salários, of course. Um exemplo dessa tendência é a atriz irlandesa Saoirse Ronan, estrela do elogiadíssimo “Lady Bird”, que aos 23 anos é vista como uma das novas promessas da telona. Resumindo, o Oscar é uma das molas mestras que Hollywood usa para festejar aqueles que se destacam por seus talentos e, acima de tudo, escolher os astros e estrelas com mais chances de produzirem blockbusters. E vem fazendo isso há 90 anos.
Clica na galeria pra ver quais são as produções de maior bilheteria entre as que concorrem ao prêmio de Melhor Filme este ano… (Por Anderson Antunes)