Quem era jovem ou adulto no final da década de 1970, início de 1980, com certeza já ouviu falar de Bhagwam Shree Rajneesh, o guru indiano que ganhou milhões de seguidores ao redor do globo com suas ideias nada ortodoxas que pregavam paz, sexo livre e alegria, ao mesmo tempo em que desfilava a bordo de um de seus 90 carros Rolls Royce e ostentava joias caríssimas. Na época, seus livros e discursos polêmicos, sua riqueza e a ideia de criar uma cidade com leis próprias em pleno Estado do Oregon, nos Estados Unidos, deram muito o que falar. Os ideais de uma comunidade sustentável, onde as pessoas pudessem viver em total harmonia entre si e com a natureza não funcionaram na prática. Por conta da pressão dos moradores dos arredores de Rajneeshpuram, casos misteriosos de envenenamentos em massa, de compra de armamento pesado, ameaças e atos terroristas, entre outros, transformaram o culto ao guru em um grande escândalo, digno das melhores tramas policiais, com boas doses de teorias de conspiração, sexo e fanatismo.
Não a toa, “Wild Wild Country”, série da Netflix lançada em março, se tornou um dos assuntos mais comentados das redes sociais nos últimos dias. O documentário dirigido por Maclain e Chapman Way, que foca justamente no momento em que o guru deixa a Índia, por motivos obscuros, e tenta se estabelecer nos Estados Unidos, caiu na boca da turma que gosta de uma boa história. Seus desejos megalomaníacos o levaram a construir uma cidade em pleno deserto de Oregon – Rajneeshpuram -, sempre com a ajuda de sua fiel escudeira, Ma Anand Sheela, presença fortíssima e crucial no momento retratado pela série. E vamos parar por aqui. Glamurama viu, aprovou e indica muito o documentário “Wild Wild Country”. Para não ficar por fora das rodas do momento!